ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

Ciro Gomes diz que a monoga mia é "uma vio lência" e defen de a legalização do aborto e a descriminação da maconha em entrevista à revista "Marie Clai re", que chega amanhã às bancas.
"Eu acho que a monogamia é uma violência. É uma antinature za. Você vê muito raramente na natureza a monogamia."
Essa é uma das declarações mais polêmicas de Ciro Gomes, 40, vir tual candidato do PPS (Partido Po pular Socialista) à Presidência da República, na entrevista.
Ciro Gomes admite ser infiel: "Não seria honesto dizer que você é totalmente asséptico, vacinado e tal".
Mas acha "constrangedor" ima ginar que sua mulher -Patrícia Gomes, 35, vereadora pelo PPS em Fortaleza- possa ter tido interes se por outras pessoas: "Tenho meu viés machista".
Ciro Gomes evita falar sobre um assunto que tem despertado a cu riosidade de muitas pessoas, tal a constância com que aparece nas colunas sociais: o seu suposto "af faire" com a atriz Patrícia Pillar.
"Eu não vou falar. Isso doeu muito. Foram perguntar para os meus filhos na porta da escola so bre isso. Fez mal para a pessoa, que é minha amiga."
Dizendo que continua casado, Ciro afirma, no entanto, que, quando vai a Fortaleza por pouco tempo, fica na casa de sua irmã, para não ser "importunado".
Mas revela que, na sua opinião, o casamento "para sempre" é uma ficção.
Talvez, por isso, tenha eleito os filósofos Jean-Paul Sartre e Simo ne de Beauvoir como seu padrão: "Moravam em casas separadas, tinham uma individualidade sepa rada, e viviam legal".
O candidato a presidente defen de a descriminação do aborto: "Não tem sentido 300 mil mulhe res pobres e jovens estarem indo para o aborto no Brasil e 10 mil morrerem".
Mas não em sua família: "Me re cuso. Mas isso é assunto meu. Não é assunto da lei."
Em tom mais pessoal, Ciro Go mes admite que é "moderada mente" vaidoso, usa desodorante Leite de Rosas, dispensando per fumes, e que sua barriga é a "úni ca coisa" que o incomoda na ques tão estética.
Confessando que, na adolescên cia, foi apaixonado por uma pros tituta, uma cabocla cearense cha mada Teresa, Ciro Gomes conta que, estudante, vendia artesanato de couro para comprar uma garra fa de rum Montilla, uma Coca-Co la, encher a cara e ir para o bordel.



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