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TJ anula a eleição do comando
da Assembléia do Espírito Santo
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
O Tribunal de Justiça anulou a
eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Espírito
Santo, devido à participação de
cinco deputados que haviam sido
afastados pela Justiça na votação.
Os cinco parlamentares, com
prisão preventiva pedida, são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ou ocultação de
bens. Ontem, mais dois deputados foram afastados pela Justiça.
Antes de começar a eleição para
a presidência da Casa, na última
segunda-feira, o TJ concedeu liminar confirmando o afastamento do grupo e derrubando recurso
judicial ganho pelos deputados.
Dois procuradores e uma oficial
de Justiça que portavam a liminar
que os impediria de votar, no entanto, foram impedidos pela segurança da Assembléia de entrar
no plenário para entregá-la.
Após a conturbada sessão, o
presidente eleito, Geovani Silva
(PTB), se recusou a assinar o
mandado judicial. O petebista
venceu com o apoio do grupo ligado ao ex-presidente da Casa José Carlos Gratz (PFL).
Ex-banqueiro do jogo do bicho
e ex-proprietário de cassinos
clandestinos, Gratz foi citado no
relatório final da CPI do Narcotráfico como um dos líderes do
crime organizado no Estado.
Seis seguranças da Assembléia
foram presos preventivamente
anteontem acusados de obstrução da Justiça, desacato à autoridade e lesão corporal contra os
três funcionários da Justiça.
O presidente eleito da Assembléia divulgou ontem nota considerando a prisão dos seguranças
"uma inominável violência, entre
as inúmeras que vêm sendo praticadas contra o Legislativo". "A intenção de interferir na eleição da
mesa é clara. Querem ganhar no
tapetão o que perderam no voto",
dizia a nota, divulgada antes de a
eleição ser invalidada.
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