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São Paulo, sábado, 08 de fevereiro de 2003

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TJ anula a eleição do comando da Assembléia do Espírito Santo

FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA

O Tribunal de Justiça anulou a eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, devido à participação de cinco deputados que haviam sido afastados pela Justiça na votação.
Os cinco parlamentares, com prisão preventiva pedida, são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ou ocultação de bens. Ontem, mais dois deputados foram afastados pela Justiça.
Antes de começar a eleição para a presidência da Casa, na última segunda-feira, o TJ concedeu liminar confirmando o afastamento do grupo e derrubando recurso judicial ganho pelos deputados.
Dois procuradores e uma oficial de Justiça que portavam a liminar que os impediria de votar, no entanto, foram impedidos pela segurança da Assembléia de entrar no plenário para entregá-la.
Após a conturbada sessão, o presidente eleito, Geovani Silva (PTB), se recusou a assinar o mandado judicial. O petebista venceu com o apoio do grupo ligado ao ex-presidente da Casa José Carlos Gratz (PFL).
Ex-banqueiro do jogo do bicho e ex-proprietário de cassinos clandestinos, Gratz foi citado no relatório final da CPI do Narcotráfico como um dos líderes do crime organizado no Estado.
Seis seguranças da Assembléia foram presos preventivamente anteontem acusados de obstrução da Justiça, desacato à autoridade e lesão corporal contra os três funcionários da Justiça.
O presidente eleito da Assembléia divulgou ontem nota considerando a prisão dos seguranças "uma inominável violência, entre as inúmeras que vêm sendo praticadas contra o Legislativo". "A intenção de interferir na eleição da mesa é clara. Querem ganhar no tapetão o que perderam no voto", dizia a nota, divulgada antes de a eleição ser invalidada.


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