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INVESTIGAÇÃO
Um dos destinos seria conta em Nova York
Ricardo Sérgio enviou ao exterior US$ 56 mi via doleiro, diz revista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-diretor do Banco do Brasil
Ricardo Sérgio Oliveira teria enviado US$ 56 milhões para o exterior, nos anos de 1996 e 1997, por
intermédio de doleiros. Um dos
destinos do dinheiro seria a conta
número 310035, do Chase Manhattan (hoje JP Morgan Chase),
em Nova York. Essa conta também está identificada na documentação como "Tucano". A informação é publicada hoje pela
revista "IstoÉ".
De acordo com a revista, um
dos doleiros que teria prestado
serviços a Ricardo Sérgio é Alberto Youssef, que tem, entre seus
clientes, o narcotraficante Luiz
Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Ricardo Sérgio foi tesoureiro de
campanha dos tucanos Fernando
Henrique Cardoso e José Serra.
"IstoÉ" apresenta cópias de documentos que fariam parte do
laudo de exame financeiro 675/
2002, com 1.057 páginas, elaborado pela Polícia Federal nos últimos meses da gestão FHC.
Segundo relato da revista com
base no laudo da PF, o dinheiro
saía do Brasil primeiro em direção a uma agência do Banestado
(Banco do Estado do Paraná).
O mesmo esquema teria sido
usado pelo ex-subsecretário de
Administração Tributária do Rio
na gestão Anthony Garotinho
(PSB), Rodrigo Silveirinha.
A movimentação financeira da
conta "Tucano" era feita, segundo
os documentos publicados por
"IstoÉ", por João Bosco Madeiro
da Costa, ex-diretor da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil)
e pelo advogado David Spencer
-que seria representante de Ricardo Sérgio em empresas montadas em paraísos fiscais.
O dinheiro sairia do país por intermédio de uma rede de laranjas
paraguaios e uruguaios, contratados pelo doleiro Youssef.
Depois de depositado na conta
1461-9 do Banestado de Nova
York, o dinheiro então era transferido para a "Tucano". Segundo
a "Isto É", havia uma proteção especial para dificultar a localização
dessa conta.
As contas de Ricardo Sérgio e
João Bosco estariam registradas
em paraísos fiscais do Caribe. Era
para essas contas que era enviado
o dinheiro da "Tucano".
O dinheiro voltava para o Brasil
"limpo" após a viagem financeira
nos EUA e nos paraísos fiscais. O
meio usado foi, segundo a revista
"IstoÉ", uma "conta-ônibus" de
"offshores" (empresas de paraísos fiscais com sigilo sobre a titularidade).
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