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PT quer presidente em palanque de candidato da Igreja Universal no Rio
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O PT negocia a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
no palanque do senador Marcelo
Crivella (PRB), ligado à Igreja
Universal do Reino de Deus, apesar de ter o ex-deputado Vladimir
Palmeira como candidato.
Alas do PT do Rio, porém, consideram a atitude precipitada e
vêem desprestígio a Palmeira, já
sacrificado em 1998, quando o PT
o fez abdicar da candidatura em
favor de aliança com Anthony
Garotinho, eleito então e hoje adversário do partido.
Crivella disse à Folha que conversou na quinta-feira passada
com o ministro Jaques Wagner
(Relações Institucionais), em Brasília, sobre o apoio mútuo em
provável segundo turno no Rio.
"Se isso ocorrer será lamentável.
Crivella não tem nenhuma afinidade com o partido", diz o deputado estadual Alessandro Molon.
Crivella diz querer costurar
aliança com partidos de esquerda,
se possível ainda no primeiro turno. "Não vou mais para eleições
como fui em 2004, para prefeito
[ficou em segundo lugar], sozinho, contra tudo e todos."
Lula está de olho nos votos fluminenses, em geral, e da Igreja
Universal, em particular. Líder da
Igreja Universal e sobrinho do
fundador, Edir Macedo, Crivella
tem aparecido com consistência
em segundo lugar nas pesquisas.
Crivella diz que apóia Lula contra Serra e abre palanque para ele,
mas respeita a "história" e a candidatura de Palmeira. O problema
é com o PT do Rio -que tem restrições a Crivella e à Universal,
vistos como conservadores.
Petistas ouvidos pela Folha contam que Palmeira só aceitou concorrer com a garantia de Lula e da
direção nacional de que não seria
abandonado, mas que ele não se
opõe a Lula ter mais de um palanque no Rio. Procurado ontem,
Palmeira não foi localizado.
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