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Cotado para Justiça, ministro já fala em "novo foco" para a pasta
DA SUCURSAL BRASÍLIA
Cotado para assumir o Ministério da Justiça, o ministro
Tarso Genro (Relações Institucionais) disse ontem que quer
"mudar um pouco o foco" de
atuação da pasta, segundo relato de participantes de reunião
fechada Palácio do Planalto.
A declaração teria sido feita
enquanto Tarso recebia o governador do Distrito Federal,
José Roberto Arruda, e integrantes de sua comitiva.
De acordo com uma das fontes, que pediu para não ser
identificada, o petista disse que
a escolha é do presidente. Mas
que, se for mesmo ele o novo
ministro da Justiça, pretende
alterar o rumo, porque o ministério seria visto como um "ministério da segurança", uma
atribuição das secretarias de
segurança.
Procurado, Tarso disse, por
meio de sua assessoria, que
apenas elogiou "a política de
convênios com os governos estaduais que o ministro Márcio
Thomaz Bastos está tocando".
De acordo com sua assessoria,
"ele só fez um juízo positivo"
sobre essa política. Pela sua
versão, o ministro disse ao grupo que não há definição do presidente Lula sobre a Justiça.
O tema é mais um complicador para o desejo de Tarso de
assumir a pasta. Nos últimos
dias, o ministro abriu conflito
com o PT por defender uma
"refundação" do partido e uma
discussão profunda das crises
do mensalão e dos "aloprados".
Agora, o ministro pode ganhar uma nova oposição. E,
desta vez, de peso: Thomaz
Bastos é um dos ministros mais
ouvidos por Lula. Ao longo dos
últimos quatro anos, foi o principal arquiteto das defesas do
governo e das táticas para proteger o presidente dos mais variados escândalos. Além de
Tarso, outros nomes cotados
para a pasta são os de Sepulveda Pertence e Nelson Jobim
(PMDB), ambos ex-integrantes
do Supremo Tribunal Federal
(STF).
(PDL)
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