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Gasto sigiloso da Presidência em 2007 foi R$ 3,7 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As contas dos cartões corporativos diretamente ligados aos
gabinetes e residências oficiais
do presidente, vice-presidente
e seus familiares somaram R$ 4
milhões em 2007, dos quais
R$ 3,7 milhões estão guardados
sob sigilo para "garantia da segurança da sociedade e do Estado". O restante, cerca de R$ 300
mil, foram gastos por 14 funcionários da Presidência e as despesas podem ser verificadas no
site Portal da Transparência.
São contas que variam do
material de escritório para o
Planalto, até as despesas dos
seguranças dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em Florianópolis (SC) e São
Bernardo (SP), conforme a Folha revelou nesta semana. O
governo agora estuda colocar
também estes demonstrativos
de gastos sob sigilo.
A parte mantida sob segredo
diz respeito mais diretamente
às atividades do GSI (Gabinete
de Segurança Institucional),
que cuidam da proteção das autoridades, o que inclui as famílias do presidente, vice-presidente e ex-presidentes, em seu
dia-a-dia ou em viagens. Grande parte das despesas se refere
ao acompanhamento de Lula,
especialmente em viagens nacionais e internacionais.
Por meio do Siafi (sistema de
acompanhamento de gastos do
governo) é possível identificar
nomes aos quais os gastos secretos estariam vinculados e a
despesa total de cada cartão,
apesar de eles não constarem
no Portal da Transparência.
Mas não há discriminação de
cada compra ou saque. Segundo a assessoria do Democratas,
quase tudo, R$ 3,6 milhões, foram gastos em 10 cartões.
Anteontem, o Planalto disse
acreditar que a oposição não
iria pedir acesso a essas despesas, por respeito à segurança do
Estado brasileiro.
Entre 2006 e 2007, a despesa
dos cartões caiu 18,6% -de
R$ 4,98 milhões para R$ 4 milhões. Porém, as despesas podem ter sido executados por
outro meio.
(LEILA SUWWAN E FELIPE SELIGMAN)
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