DA REPORTAGEM LOCAL

A direção nacional do PT se coloca contrária a métodos utilizados pelas Farc. Ontem, o partido divulgou uma nota oficial em que reprova o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt pela guerrilha.
"O sequestro em nada contribui para a defesa de uma solução negociada e pacífica para o impasse que atinge a nação colombiana", diz a nota, assinada pelo deputado Aloizio Mercadante (SP), secretário de Relações Internacionais do PT.
Às portas de uma campanha presidencial, o PT não quer dar margem para acusações de adversários de que seria conivente ou simpático à guerrilha. A cúpula moderada busca deixar marcado que vozes internas favoráveis às Farc não representam o pensamento do partido.
"A saída para a Colômbia passa por uma negociação pacífica reunindo as partes envolvidas", declara Mercadante. Segundo ele, o PT apóia uma atuação política das Farc "pela via eleitoral, do Estado de Direito".
Mercadante diz que o partido condena "qualquer tipo de violência, de qualquer parte, inclusive sequestros".
Afirma ainda que a Colômbia poderia seguir o modelo de outros países latino-americanos que saíram de situações de guerra civil pela via negociada. Ele cita El Salvador e Nicarágua como exemplos de Estados em que guerrilhas de esquerda depuseram as armas e hoje disputam eleições.


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