São Paulo, terça-feira, 08 de março de 2005

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JUDICIÁRIO

Vidigal quer pressa na aprovação dos indicados

STJ quer evitar que Supremo escolha todos os nomes do conselho de Justiça

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal, pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pressa na aprovação dos nomes que irão integrar o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão de controle externo do Judiciário.
O apelo esconde o receio de que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Nelson Jobim, fique com o poder de escolher todos os membros do conselho. O STF deve fazer três indicações (até agora, indicou apenas o nome de Jobim para presidir o conselho), e o STJ já fez outras três.
A emenda constitucional da reforma do Judiciário, promulgada em 8 de dezembro, previu a instalação do órgão no prazo de 180 dias depois de aprovação do Senado e nomeação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela estabeleceu que, estourado o prazo, o STF poderá fazer as escolhas.
Após citar esse risco, Vidigal disse: "Nós queremos deixar um registro público, para que o país inteiro fique sabendo que o STJ não embarca nessa, não. Já indicou os magistrados e defende que eles sejam sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e que os nomes aprovados sejam encaminhados ao presidente da República."
Essa não é a primeira vez que os dois entram em atrito publicamente. Em dezembro, ele se queixou ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) sobre a forma como o colega do STF havia conduzido as negociações para aprovação da reforma do Judiciário. Para Vidigal, Jobim defendeu interesses de seu tribunal, não da Justiça em geral. (SILVANA DE FREITAS)


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