São Paulo, sábado, 08 de março de 2008

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Petista promete inauguração, mas obra vai até 2011

DA SUCURSAL DO RIO

Ao discursarem no Rio, o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral afirmaram que as obras do PAC no Alemão, em Manguinhos e na Rocinha devem terminar em dois anos. Mas, no papel, a previsão é que as obras estejam concluídas em três anos, quando Lula já estiver fora do cargo.
Para concluir as obras em dois anos, os governos federal e estadual terão de antecipar gastos e acelerar o cronograma. O documento apresentado pelos três consórcios prevê gastos até 2011, respeitando o edital de licitação.
"Eu quero vir inaugurar essa obra no Complexo do Alemão. Eu quero andar no teleférico uma vez para saber se vai ser bom ou não", disse o presidente.
Se o cronograma do consórcio Rio Melhor for mantido, Lula terá que cumprir a promessa na condição de ex-presidente. Serão gastos em 2011 ainda R$ 2,5 milhões na construção do teleférico.
Até abril de 2010 terão sido gastos no teleférico 89% de todo o seu custo. A lei impede inaugurações de obras no período de seis meses antes da eleição. Para inaugurar até abril de 2010 -respeitando a proibição da lei eleitoral-, restarão ainda cerca de 20% dos gastos a serem executados nas três obras.
O Complexo do Alemão receberá investimentos de R$ 601 milhões. Cerca de 80% dos operários serão da comunidade. Além das obras, Lula prometeu o título de posse das casas aos moradores.
Para o líder comunitário do Complexo do Alemão Reginaldo Lima, a obra representa uma "quebra de paradigma em caminho da verdadeira democracia". Ele disse que o PAC influenciará a qualidade de vida da população.
Referindo-se ao teleférico, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que as mudanças serão tão grandes que a população de Ipanema (bairro de classe média-alta) vai querer subir lá para "ver o que vocês ganharam".


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