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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Servidores prometem 1ª paralisação

JULIANNA SOFIA
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os servidores federais prometem fazer hoje paralisação parcial de 24 horas em diversos setores do funcionalismo pelo país para pressionar o governo a arquivar o PL-9 (projeto de lei que autoriza a criação de fundos de pensão para complementar aposentadorias de futuros servidores).
É a primeira paralisação nacional da categoria no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os servidores, historicamente, representam um dos principais sustentáculos eleitorais do PT.
Aliado ao protesto do PL-9, a discussão sobre o reajuste salarial também pode dar um reforço ao ato. A categoria está descontente com as propostas do governo, que deverá anunciar amanhã o reajuste para o funcionalismo.
Entre as propostas em estudo, está a que prevê um aumento linear de 1%, com gratificações para categorias que não tiveram reajustes diferenciados ou que obtiveram índices pequenos de aumento nos últimos dois anos.
Ontem, o ministro Guido Mantega (Planejamento), por meio da assessoria de imprensa, declarou que o percentual não será de 1%. No fim de semana, em entrevista à Folha, o ministro admitira, entretanto, que essa era uma das hipóteses em estudo.
A CNESF (Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais), que congrega 11 entidades sindicais do país e 800 mil servidores, comandará a mobilização, batizada de Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência.
Estão previstas manifestações e debates nos Estados e no Distrito Federal. A estimativa dos organizadores é reunir na Esplanada dos Ministérios mil servidores.
Ontem, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, considerou a mobilização "um ato precipitado". "Uma mobilização depende de parâmetros: se está havendo ou não negociação e um diálogo maduro. Como estamos tendo um diálogo como nunca houve com os servidores, não haveria razão para qualquer mobilização", avaliou o ministro.


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