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Servidores prometem 1ª paralisação
JULIANNA SOFIA
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os servidores federais prometem fazer hoje paralisação parcial
de 24 horas em diversos setores
do funcionalismo pelo país para
pressionar o governo a arquivar o
PL-9 (projeto de lei que autoriza a
criação de fundos de pensão para
complementar aposentadorias de
futuros servidores).
É a primeira paralisação nacional da categoria no governo Luiz
Inácio Lula da Silva. Os servidores, historicamente, representam
um dos principais sustentáculos
eleitorais do PT.
Aliado ao protesto do PL-9, a
discussão sobre o reajuste salarial
também pode dar um reforço ao
ato. A categoria está descontente
com as propostas do governo, que
deverá anunciar amanhã o reajuste para o funcionalismo.
Entre as propostas em estudo,
está a que prevê um aumento linear de 1%, com gratificações para categorias que não tiveram reajustes diferenciados ou que obtiveram índices pequenos de aumento nos últimos dois anos.
Ontem, o ministro Guido Mantega (Planejamento), por meio da
assessoria de imprensa, declarou
que o percentual não será de 1%.
No fim de semana, em entrevista
à Folha, o ministro admitira, entretanto, que essa era uma das hipóteses em estudo.
A CNESF (Coordenação Nacional das Entidades de Servidores
Federais), que congrega 11 entidades sindicais do país e 800 mil servidores, comandará a mobilização, batizada de Dia Nacional de
Luta em Defesa da Previdência.
Estão previstas manifestações e
debates nos Estados e no Distrito
Federal. A estimativa dos organizadores é reunir na Esplanada dos
Ministérios mil servidores.
Ontem, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, considerou
a mobilização "um ato precipitado". "Uma mobilização depende
de parâmetros: se está havendo
ou não negociação e um diálogo
maduro. Como estamos tendo
um diálogo como nunca houve
com os servidores, não haveria razão para qualquer mobilização",
avaliou o ministro.
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