São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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ELEIÇÕES 2006/SÃO PAULO

PC do B negocia aliança com peemedebista e lançamento de Aldo ao Senado, com compromisso com petistas de apoio em 2º turno

PT quer Quércia na disputa para barrar Serra

Alan Marques - 5.abr.06/Folha Imagem
Orestes Quércia no gabinete da presidência do PMDB, em Brasília


DA REPORTAGEM LOCAL

Disposto a evitar a eleição do ex-prefeito José Serra (PSDB) no primeiro turno, o PT está trabalhando abertamente pelo lançamento da candidatura do presidente estadual do PMDB, o ex-governador Orestes Quércia, ao Palácio dos Bandeirantes. Pelo acordo em negociação, o PC do B -aliado histórico do PT- fecharia aliança com Quércia, lançando o nome do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, ao Senado.
O PT iria para a disputa tendo o PL como aliado. Um dos articuladores do acerto, o deputado estadual Fausto Figueira diz que a idéia é estabelecer um compromisso de apoio mútuo para um eventual segundo turno no Estado. "Estamos trabalhando na construção de um palanque para que se evite a perpetuação do PSDB no Estado", explicou o deputado, segundo o qual a proposta "não é repelida nem no PC do B nem no PMDB".

Acordo nacional
Na Assembléia Legislativa, ele e outros dois deputados -Cândido Vacarezza (PT) e Nivaldo Santana (PC do B)- costuram o acordo. Mas, segundo um outro petista, a articulação tem um braço no PT nacional. O próprio presidente do partido, Ricardo Berzoini, já declarou à Folha que a alternativa capaz de impedir a vitória de Serra em primeiro turno seria "estimular a candidatura de Quércia". Ainda segundo petistas, para fechar o acordo, Quércia estaria buscando garantia de participação de indicados num eventual segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o presidente nacional do PC do B, Renato Rebelo, Aldo e Quércia já discutiram diretamente a hipótese de aliança. Mas nada conclusivo.
O lançamento da candidatura de Aldo ao Senado embute uma maldade. Irritados com o comportamento do senador Eduardo Suplicy, um dos algozes do PT no Congresso Nacional, petistas ameaçam descarregar seus votos em Aldo. Eles chegam a lembrar que, na eleição passada, Suplicy só foi eleito graças ao voto útil de tucanos. Figueira, no entanto, não admite a possibilidade. "Desconheço essa versão." (CATIA SEABRA)


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