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CONGRESSO
Senador gaúcho defende reajuste maior do que o proposto pelo governo
PT tira Paim de comissão do mínimo
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem aviso prévio, o PT afastou o
senador Paulo Paim (PT-RS) da
comissão mista do Congresso
destinada à análise da medida
provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260 a partir de 1º de
maio. "Foi uma paulada", afirmou Paim, que soube de sua destituição pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Paim foi substituído por Tião
Viana (PT-AC). Ele havia sido
eleito vice-presidente da comissão e disse que não votará a favor
dos R$ 260 mesmo que o PT feche
questão -o que significa exigir
voto favorável de toda a bancada,
sob pena de expulsão do partido.
"Se o partido fechar questão, vou
esperar minha expulsão."
Mesmo sem direito a voto e sem
integrar formalmente a comissão,
Paim pretende participar das reuniões e defender suas posições
-um salário mínimo de R$ 300.
Em nota à imprensa, a líder do
PT no Senado, Ideli Salvatti (SC),
disse que ela e o líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), resolveram substituir integrantes
da comissão após acordo feito
com a oposição para desobstruir
da pauta de votações da Câmara.
A comissão do salário mínimo
foi instalada num "cochilo" dos líderes governistas, o que ainda
permitiu que a oposição assumisse seu comando -o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi eleito
presidente.
A idéia é concluir os trabalhos
com a votação do parecer no próximo dia 13. O PSDB propõe um
mínimo de R$ 275 e o PFL tende a
concordar com esse valor.
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