|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GREVE DE FOME
Garotinho só suporta mais 2 dias, diz médico
DA SUCURSAL DO RIO
O médico Abdu Neme, que
vem acompanhando a greve de
fome do pré-candidato do PMDB
à Presidência da República
Anthony Garotinho, afirmou ontem que o político só agüentará
por mais dois ou três dias ingerindo apenas água, porque seu nível
de glicose está caindo e seu organismo -por falta de alimentação- tem rejeitado o soro, que
poderia hidratá-lo.
O médico está preocupado com
a possibilidade de um problema
cardíaco do político, que tem sentido alterações cardíacas, tonteiras e cãibras. O ex-governador
também tem tido problemas gástricos por causa da falta de alimentação. Ele já perdeu 5,7 kg.
O médico disse que Garotinho
só poderá ir à convenção do
PMDB, no domingo, se for antes a
um hospital, mas ele reluta.
Garotinho disse que não se sente abandonado pelo partido e que
tem recebido muitas visitas e telefonemas de apoio de parlamentares e dirigentes. Informou ainda
que pediu ontem ao presidente da
legenda, Michel Temer (SP) que,
caso não tenha condições de ir à
convenção, dia 13, os votos de seu
suplente sejam aceitos.
Diante de 200 militantes exaltados, Garotinho reafirmou sua
pré-candidatura e disse que não
está pensando em encerrar a greve de fome. "O que vale mais: a
vida ou a honra de um homem?"
Abatido, com barba por fazer e
de bermudas, Garotinho fez mais
um pronunciamento, intitulado
"Onde está Ali Babá?", contra o
governo federal, as organizações
Globo e a revista "Veja".
O ex-governador se comparou a
Mahatma Gandhi, que fez greve
de fome contra a dominação
britânica na Índia.
Ele comentou que prefere esse
tipo de protesto pacífico a ter
alguma atitude violenta. Chegou a
citar o caso do hoje deputado
federal Ronaldo Cunha Lima, que
atirou contra um oponente que
havia atingido sua honra.
Texto Anterior: Eleições 2006/São Paulo: Mercadante vence no interior e é candidato Próximo Texto: Máfia dos sanguessugas: PF investiga ação de quadrilha em hospitais Índice
|