|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ex-diretor mantém apartamento funcional
Zoghbi foi exonerado do Senado há dois meses porque descobriu-se que imóvel era ocupado por parentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Quase dois meses após se
afastar da diretoria de Recursos
Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi ainda não devolveu
o apartamento funcional que
motivou sua saída do cargo.
Desde 1999 o imóvel está cedido a ele, mas só neste ano descobriu-se que quem morava no
local eram parentes do servidor
que não trabalham na Casa.
A Secretaria de Administração de Material e Patrimônio
do Senado já enviou dois ofícios
a Zoghbi cobrando a entrega do
apartamento. Segundo o termo
de permissão de uso, ele tinha
de devolver o imóvel em até 30
dias -como anunciou a entrega
do imóvel em 12 de março, ele
deveria ter finalizado o processo até 12 de abril.
"Ao restituir o imóvel, as chaves da unidade funcional deverão ser devolvidas diretamente
à Subsecretaria de Patrimônio
juntamente com os comprovantes de quitação das taxas de
uso, de condomínio e o de consumo final de energia elétrica",
diz termo assinado por Zoghbi.
Até ontem à tarde, segundo a
subsecretaria, as medidas não
haviam sido cumpridas por
completo. Depois das 21h, o órgão disse que foram entregues
algumas chaves, mas que não
era possível saber se eram as
chaves do imóvel referido.
A Folha esteve no local por
volta das 16h. Segundo o porteiro do prédio, um funcionário
de Zoghbi esteve no imóvel na
semana passada para recolher
materiais de mudança.
Por meio de seu advogado,
Zoghbi disse que já entregou as
chaves. "Parece que falta apenas o pagamento de duas contas de condomínio."
Zoghbi foi exonerado após
reportagem do "Correio Braziliense" sobre o uso irregular do
imóvel. Ele deixou o cargo por
meio de "uma exoneração a pedido". O Senado instalou duas
sindicâncias contra ele.
(ADRIANO CEOLIN e ANDREZA MATAIS)
Texto Anterior: Satiagraha: STF tem "apego excessivo" a direitos fundamentais, diz procurador Próximo Texto: Escândalos no Congresso projetam site Índice
|