São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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Para ministro, Lula é o que gera instabilidade

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com discurso semelhante ao que os tucanos vêm adotando, o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, atribuiu a instabilidade do mercado financeiro à incerteza em relação ao futuro da economia provocada pelo processo eleitoral, "principalmente pela ambiguidade do pré-candidato que lidera pesquisas de intenção de voto", o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Amaral, o presidenciável governista, José Serra, não está incluído entre os que causam incertezas. "Serra é percebido como o candidato da continuidade, e os mercados estão tranquilos", afirmou ontem em entrevista concedida para informar as decisões da última reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior).
O ministro disse que os investidores não sabem o que vai acontecer em 2003 porque o líder das pesquisas "deixa a maior ambiguidade" e tem um programa diferente de suas próprias declarações. "Os investidores ficam totalmente inseguros sobre o que vai acontecer com o dinheiro deles."
Para Amaral, "seria extremamente importante que os candidatos esclarecessem o que pretendem fazer e dessem demonstrações disso". "Se isso fosse feito, eu tenho certeza de que o clima de incerteza diminuiria."
Não é a primeira vez que um ministro do presidente Fernando Henrique Cardoso atribuiu ao processo eleitoral a instabilidade do mercado financeiro. Recentemente, o ministro Pedro Malan (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, também disseram que as oscilações negativas do mercado financeiro e do câmbio são consequências das incertezas causadas pelo processo eleitoral, mas não atribuíram as oscilações diretamente à possibilidade da vitória de Lula. (CLÁUDIA DIANNI)



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