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Para ministro, Lula é o que gera instabilidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com discurso semelhante ao
que os tucanos vêm adotando, o
ministro do Desenvolvimento,
Sergio Amaral, atribuiu a instabilidade do mercado financeiro à
incerteza em relação ao futuro da
economia provocada pelo processo eleitoral, "principalmente pela
ambiguidade do pré-candidato
que lidera pesquisas de intenção
de voto", o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Amaral, o presidenciável
governista, José Serra, não está incluído entre os que causam incertezas. "Serra é percebido como o
candidato da continuidade, e os
mercados estão tranquilos", afirmou ontem em entrevista concedida para informar as decisões da
última reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior).
O ministro disse que os investidores não sabem o que vai acontecer em 2003 porque o líder das
pesquisas "deixa a maior ambiguidade" e tem um programa diferente de suas próprias declarações. "Os investidores ficam totalmente inseguros sobre o que vai
acontecer com o dinheiro deles."
Para Amaral, "seria extremamente importante que os candidatos esclarecessem o que pretendem fazer e dessem demonstrações disso". "Se isso fosse feito, eu
tenho certeza de que o clima de
incerteza diminuiria."
Não é a primeira vez que um
ministro do presidente Fernando
Henrique Cardoso atribuiu ao
processo eleitoral a instabilidade
do mercado financeiro. Recentemente, o ministro Pedro Malan
(Fazenda) e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, também disseram que as oscilações
negativas do mercado financeiro
e do câmbio são consequências
das incertezas causadas pelo processo eleitoral, mas não atribuíram as oscilações diretamente à
possibilidade da vitória de Lula.
(CLÁUDIA DIANNI)
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