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Manifestantes protestam contra os casos de corrupção e vaiam Lula
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A forte chuva que atingiu Salvador durante toda a manhã de ontem não impediu que cerca de 120
manifestantes vaiassem a caravana do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, na chegada ao hospital
Santo Antonio, mantido pelas
Obras Assistenciais Irmã Dulce.
Antes de chegar ao palanque
montado na área externa do hospital, o presidente inaugurou o
programa Farmácia Popular.
Quando passou pelo portão que
dava acesso ao palanque, recebeu
vaias de manifestantes do PSTU,
da Força Sindical e dos sem-teto.
Uma das faixas dos manifestantes cobrou do presidente o cumprimento da promessa de criar 10
milhões de empregos. "Lula, promessa é dívida. Onde estão os 10
milhões de empregos? Chega de
enrolação", dizia o texto.
Em outra faixa, os manifestantes lembraram a crise no Ministério da Saúde e o escândalo envolvendo Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil. "Lula: Ágora,
Vampiros e Waldomiro. O povo
não agüenta."
Os manifestantes ficaram a cerca de 80 metros do palanque. A
entrada do grupo foi impedida
pela Polícia Militar. Além da PM,
que isolou a área, os seguranças
do governo colocaram um ônibus
atravessado no meio da pista, para impedir que os participantes da
cerimônia observassem as faixas e
as bandeiras dos manifestantes.
Ao terminar o seu discurso, Lula quebrou o protocolo e saiu do
palanque com o deputado Nelson
Pellegrino, pré-candidato do PT à
sucessão municipal. Juntos, cumprimentaram eleitores. Em seguida, o presidente abraçou José Rainha Júnior, um dos principais líderes dos sem-terra.
Depois, Lula almoçou com Pellegrino e com os ministros Humberto Costa (Saúde), Olívio Dutra
(Cidades) e Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico).
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