São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2005

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Pressionada, toda a diretoria dos Correios decide pedir demissão

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A crise iniciada com a divulgação das fitas revelando um esquema de corrupção nos Correios derrubou o presidente e toda a diretoria da estatal, que pediu demissão ontem. A decisão foi tomada após reunião à tarde entre o presidente Lula e os ministros Eunício Oliveira (Comunicações) e Antônio Palocci Filho (Fazenda).
De acordo com a assessoria de Oliveira, o presidente teria pedido aos ministros uma solução definitiva para os problemas nos Correios e no IRB. A solução apresentada pelo ministro das Comunicações foi a demissão coletiva de todo o comando dos Correios.
Quem mais perde com a mudança é o PMDB que, em abril de 2004, havia emplacado cargos na estatal em troca de apoio ao governo para evitar uma CPI no caso Waldomiro Diniz. Das seis demissões de ontem, quatro eram de cargos indicados pelo PMDB, incluindo o presidente da estatal, João Henrique de Almeida Sousa.
Além do presidente, pediram demissão três diretores indicados pelo PMDB: Ricardo Henrique Suner Caddah (Econômico-Financeiro), indicado pelo líder do PMDB na Câmara, José Borba (PR), Carlos Eduardo Fioravanti da Costa (Comercial), indicado pelo senador Hélio Costa (PMDB-MG), e Robinson Koury Viana da Silva (Recursos Humanos), indicado pelo senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
Dois diretores ligados ao PT também pediram demissão: Maurício Coelho Madureira (Operações) e Eduardo Medeiros de Morais (Tecnologia).
O diretor de Administração dos Correios, Antonio Osório Menezes Batista, indicado pelo PTB, já estava afastado e, segundo a estatal, pedira demissão na segunda.


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