São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007

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Casa Civil diz que escolha foi técnica

DA REPORTAGEM LOCAL

A Casa Civil da Presidência afirma que o "governo federal nunca fez nenhuma seleção utilizando esse critério [político]" e priorizou municípios com população acima de 150 mil habitantes, o que explicaria predominância de cidades administradas pelo PT -pelo menos 11 delas estão acima dessa nota de corte.
O Planalto afirma ainda ser necessário levar em conta o total dos investimentos -somada a contrapartida do Estado e dos municípios- de R$ 7,3 bilhões, e não apenas as transferências voluntárias da União, como faz o levantamento da Folha.
"A comparação a ser considerada é entre esse conjunto de municípios e não sobre o total de municípios do Estado, como foi sua análise [da reportagem] inicial. Para os municípios com população inferior a 150 mil habitantes, haverá outro processo de seleção em breve", diz a assessoria da Casa Civil.
Nesse cenário, de acordo com a Casa Civil, o PSDB é o partido melhor atendido, já que tem 19 municípios entre os 77 atendidos pelo total do PAC em São Paulo.
A proporção, nesse caso, seria de 25% de cidades tucanas contra 21% do PT.
O recorte, no entanto, despreza o peso do PT no Estado, que, do total de 645 municípios, está à frente de 58 -9% do total- e teve 16 deles beneficiados -28% de suas administrações. Já o PSDB detém 194 prefeituras -30%. Os tucanos, no entanto, tiveram 13 cidades atendidas -7% do total de suas administrações.
O levantamento da Folha levou em consideração apenas os 62 municípios que receberam recursos diretos da União, ou seja, sem qualquer intervenção externa na escolha.
Sobre os critérios de seleção dos projetos, a Casa Civil diz que "foram realizadas nove reuniões com o Estado e os municípios".
Segundo a assessoria da ministra Dilma Roussef, é "importante ressaltar o que disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de apresentação dos projetos":
"Essa é uma ação plural entre entes federados, não importando a identidade partidária, e sim a obrigação política de cumprir os compromissos". (JAB)

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