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Deputado afirma que regime interno da Assembléia atrasa votação de contratos
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo,
Vaz de Lima (PSDB), o regimento interno da Assembléia é
um dos principais motivos que
atrasam a votação dos pareceres dos contratos enviados pelo
TCE com supostos indícios de
irregularidades.
"O regimento interno prevê,
se for uma votação em regime
de urgência, um mínimo de 12
horas de discussão em plenário", afirmou Vaz de Lima. "Se
não tiver urgência, são 24 horas
de discussão. Veja, temos 1.432
pareceres de contratos prontos
para entrar em votação e outros tantos que estão nas comissões. Se formos discutir tudo em 12 horas levaríamos pelo
menos oito anos para concluir
os trabalhos."
Depois que assumiu o cargo,
no dia 15 de março, o deputado
encaminhou alguns pareceres
para a pauta do dia, sendo que
40 foram votados em plenário e
133 estão na pauta do dia.
Os 40 relatórios sobre os
contratos tiveram a votação
concluída após um acordo no
colégio de líderes. Todos concordaram em não levá-los para
uma discussão mínima.
Vaz de Lima afirmou que, à
medida que as comissões responsáveis finalizarem a avaliação dos casos, os pareceres serão colocados em julgamento
no plenário.
O presidente da Casa evita falar no motivo de tantos procedimentos abertos por supostas
irregularidades em contratos
da CDHU. Limita-se a dizer
que a Assembléia é uma "casa
política, com atores da situação
e da oposição".
Tribunal
A assessoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São
Paulo informou que o órgão envia ao Ministério Público Estadual alguns contratos que julga
irregulares e contra os quais cabem ações civis de improbidade administrativa.
A legislação não obriga nem o
TCE nem a Assembléia a enviarem todos os contratos para a
análise do Ministério Público.
Há pelo menos cinco anos a
Promotoria da Cidadania informou que vem pedindo ao
tribunal a remessa de todos os
documentos votados, mesmo
os que foram aprovados pelos
conselheiros.
O tribunal informou que não
pretende polemizar com o Ministério Público. Informou ainda que o prazo recursal contra
uma decisão do tribunal é de
até cinco anos, razão pela qual
os procedimentos levam tempo
para serem concluídos.
A assessoria de imprensa da
CDHU afirmou que tentaria
entrar em contato com a presidência da entidade e ligaria de
volta para a reportagem, o que
não ocorreu.
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