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Só a bancada de Rigotto não teve
a maioria dos votos pró-governo
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Os cinco governadores que representam suas regiões nas discussões das reformas com o governo terão hoje a primeira reunião com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva depois da votação da
reforma previdenciária, na qual
apenas a bancada do Rio Grande
do Sul não deu a maioria dos votos ao governo -foram 48,4% de
votos a favor.
O percentual de votos a favor da
reforma nas bancadas de Minas
Gerais, Amazonas e Ceará foi superior a 80%; na de Goiás, ficou
em 52,9%.
O governador Lúcio Alcântara
(PSDB-CE) substituiu nos últimos dias na representação do
Nordeste sua colega Wilma Faria
(PSB), do Rio Grande do Norte,
que teve 62,5% dos votos (oito deputados) a favor do governo.
Agora, os governadores de MG,
RS, GO, RN e AM tratarão da reforma tributária. Vão cobrar do
governo maior participação dos
Estados na redistribuição do bolo
tributário. Caso não sejam atendidos, partirão para a ofensiva política no Congresso, conforme já
anunciou o governador de Minas,
Aécio Neves (PSDB).
Mas no discurso dos governadores não aparece a palavra contrapartida. Fazem distinção entre
as duas reformas, mas entendem
que o atendimento às suas reivindicações é uma questão de justiça
e de governabilidade.
A maior adesão à reforma da
Previdência entre as bancadas
desses Estados foi na do Amazonas (87,5%), do governador
Eduardo Braga (PPS). Dos oito
deputados, só um foi contra.
Entre os 22 deputados da bancada do Ceará, 81,8% votaram pela aprovação. Houve uma abstenção e uma ausência. Entre os dois
votos contrários, está o do deputado Gonzaga Mota, do mesmo
partido do governador, o PSDB.
Em Minas, a adesão entre os 53
congressistas foi de 81,1%. Foram
43 votos a favor e oito contra. Entre os contrários, está o tucano
Rafael Guerra, ligado à área da
saúde. Conforme apurou a Agência Folha, ele já havia, desde o início da discussão do tema, avisado
ao governador que votaria contra.
Aécio entendeu suas razões. Dois
mineiros não foram votar.
Dos 31 deputados gaúchos, 15
votaram com o governo, 14 foram
contra e dois não compareceram.
Dos seis deputados do PMDB,
partido do governador Germano
Rigotto, quatro votaram contra.
Em Goiás, do governador tucano Marconi Perillo, foram nove
votos favoráveis numa bancada
de 17 deputados. Dos oito votos
contra, três vieram do PSDB.
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