São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Tudo foi feito dentro da lei, diz deputado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO VELHO

Com o presidente preso, o primeiro vice-presidente e os dois segundos vice-presidentes sob suspeita, a Assembléia Legislativa de Rondônia viveu ontem um dia de apreensão. O único deputado encontrado pela Folha foi o segundo vice-presidente Haroldo dos Santos (PP). Santos teve dois filhos (Haroldo Augusto Filho e Gebrin Abdala Augusto dos Santos) e a chefe-de-gabinete, Rosa Salomé, presos pela PF.
"Agora, eu não estou preocupado, porque tudo foi feito dentro da lei, que permite a criação de uma folha suplementar. Se houve erro, vamos pagar por ele, mas foi tudo legal."
Santos defendeu o filho Gebrin, cujo único crime, disse ele, foi ter um telefonema interceptado quando cobrava da direção da Assembléia o pagamento da avó. "Minha ex-sogra é minha assessora. Não trabalha na Assembléia, mas é assessora", disse Santos.
Santos disse que o valor que recebeu (R$ 898.800) foi legal.
"Não houve fantasma ou laranja. Tenho assessores em todo o Estado, a lei permite isso."
No gabinete do vice-presidente Kaká Mendonça (PTB), a informação é que ele estava no interior. Houve a promessa de que ele iria telefonar. Já o gabinete de Ellen Ruth (PP), segunda vice, nem mesmo foi aberto ontem.
O procurador José Damasceno de Araújo negou que houvesse ligação entre seu telefonema e o esquema de folha paralela na Assembléia: "Eu estava pedindo a regularização do meu salário atrasado". (JM)


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