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Réu algemado no julgamento foi solto em 2005
AFONSO BENITES
DA REDAÇÃO
O pedreiro Antônio Sérgio
da Silva, 42, é o autor da ação
sobre o uso abusivo de algemas. Condenado em 2005 a
13 anos e meio de prisão por
homicídio triplamente qualificado e a um ano por porte
ilegal de arma, Silva hoje vive
em liberdade no município
de Laranjal Paulista (a 174
km de São Paulo).
Ontem, os ministros do
Supremo Tribunal Federal
julgaram o caso do pedreiro.
De acordo com a defesa, ele
ficou algemado diante do
Tribunal do Júri durante o
julgamento, em 17 de junho
de 2005 -o que foi considerado irregular pelos defensores. "O fato de ele ficar algemado já causava no júri a impressão de que era culpado.
Isso influenciou na decisão",
diz Joel João Ruberti, um
responsáveis pela defesa.
Conforme os advogados, a
juíza Glaís Piza Peluso determinou que Silva ficasse algemado por entender que ele
oferecia riscos à segurança
do local, pois só dois policiais
estavam na audiência. Por
meio da assessoria do Tribunal de Justiça, a juíza diz não
se lembrar do caso. Porém,
afirma que considerava as
audiências naquela comarca
com pouca segurança, pois
usualmente só um guarda
municipal ficava no local.
Em 7 de setembro de 2003,
conforme a defesa, o pedreiro reagiu a uma provocação
num bar de Laranjal Paulista
e matou Marcos Djalma de
Souza Soares a facadas. Segundo o advogado Walter
Duarte, Silva só estava se defendendo de agressão prévia
de Soares.
Silva se entregou à polícia
e ficou dois anos preso. Em
agosto de 2005, foi solto por
um habeas corpus do STF
que considerou a prisão preventiva irregular.
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