São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Demasiado humano
Foi banqueiro aparecer algemado e enfim, ontem
na manchete do UOL, "Supremo proíbe uso abusivo
de algemas". Do Globo Online, "Supremo restringe o
uso de algemas em todo o país". Da Agência Brasil,
"Polícia só poderá algemar em caso de ameaça". E na
escalada do "Jornal Nacional", "o Supremo limita o
uso de algemas pela polícia". O argumento é que "está
havendo uma exposição excessiva, degradante e
afrontosa à dignidade da pessoa humana".
Pouco notado aqui, o Amazon Fund ecoa insistentemente. Em "Pagando pela floresta", a nova "Economist" ironiza o que seria seu prospecto: "Governo de esquerda (antes hostil à iniciativa privada) busca investimentos. Os lucros serão só em termos de virtude, embora investidores possam se dizer parte da salvação do mundo". Apesar de brincar com o "medo paranóico", dos "generais dos anos 70" ao "partido comunista (maoísta)", a revista saúda o projeto e diz que "abraçar a idéia de que o mundo como um todo tem interesse na Amazônia é um sinal da crescente autoconfiança do Brasil". O PÊNDULO Em editorial, a "Economist" mostra boa vontade com Fernando Lugo, novo presidente do Paraguai. Sob o título "O bispo da democracia" e o subtítulo "Boas-vindas a mais um líder de esquerda", revela esperança de que seja mais ligado à "social democracia pragmática" de Lula que que a Hugo Chávez. De todo modo, alerta que se deve "esperar mudança no pêndulo político da América Latina", talvez já a partir do Chile, no ano que vem. "VELHO AMIGO" Com ampla cobertura por aqui, a começar da Globo, o encontro de Lula com Hu Jintao, o presidente da China, na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos, não teve maior repercussão por lá, pelo menos no noticiário on-line. O "Diário do Povo" noticiou descrevendo que Hu chamou o brasileiro de "velho amigo do povo chinês" e se mostrando "pronto para discutir visões sobre relações bilaterais e outros temas de interesse comum". E ficou por aí. MUNDO MÍSTICO
Jeff Jarvis, referência em internet nos EUA, escreveu coluna no "Guardian" sobre um encontro que teve com Paulo Coelho. Relata que ele "descobriu o poder do acesso livre [a seus livros] quando um fã postou tradução de um de seus romances e as vendas no país saltaram de 3.000 para 100.00 para 1.000.000 em um ano". Coelho, em artigo ontem na "New Statesman" (ilustração acima), também aborda o encontro e diz que perguntou no fim a Jarvis o que mais "deveria fazer", além de Twitter, blog etc. Nada, pelo jeito. Mas em seguida, ontem no blog BuzzMachine, Jarvis lembrou que o brasileiro poderia "escrever um livro sobre a internet", esse "mundo místico", essa "terra mágica, a internet". DESCE E... No UOL, ontem na home, "A Favorita", da Globo, "não fixa Ibope" e cai após revelação. No Globo Online, "não repetiu os bons números". DESCE Também no UOL, as novelas da Record "passam por inferno astral na audiência". Diz a Veja.com que o problema agora avança pelas tardes. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Prefeito diz que Alckmin erra sobre o metrô Próximo Texto: Procuradoria denuncia Matilde e cobra R$ 160 mil Índice |
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