São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008

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Forças vão ocupar "currais" com aviso prévio

Tropas, que estarão no Rio a partir do dia 11, ficarão em favelas por períodos curtos e após marcarem data

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

Para evitar confrontos com traficantes, as tropas das Forças Armadas, que estarão no Rio a partir do dia 11, vão ocupar com data marcada, aviso prévio e por períodos curtos as favelas e os locais identificados como "currais eleitorais".
As ocupações de comunidades em tempo integral de outras ocasiões vão ser substituídas por operações pré-agendadas de dois ou três dias nas favelas com problemas para permitir circulação de candidatos.
O objetivo dos avisos e das entradas e saídas relativamente rápidas é, além de alertar os candidatos, tentar evitar ao máximo tiroteios com traficantes, para permitir atividade eleitoral tranqüila.
Até 12 mil militares do Exército e da Marinha se revezarão durante o período eleitoral. Por dia, porém, não deverá haver mais de mil soldados em atividade no Estado. Entre os locais previstos, estão as favelas da Rocinha, Vidigal e Carobinha (controlada por milícia).
Além da Brigada de Infantaria Pára-Quedista, da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada e do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha, o Exército usará tropas da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Juiz de Fora (MG), também subordinadas ao Comando Militar do Leste, sediado no Rio.
O comando operacional ficará a cargo do general Rui Monarca da Silveira, comandante da 1ª DE (Divisão de Exército).
Um Centro de Operações de Segurança Integradas será constituído no CML, sob comando do Exército e composto por representantes das polícias Federal, Militar e Civil, Judiciário e Ministério Público.
Diferentemente de outras situações em que foi pedido o apoio do Exército em situações de garantia da lei e da ordem no Rio, desta vez o comando do CML está mais tranqüilo. Para o general-de-exército Luiz Cesário da Silveira Filho, comandante, agora os soldados contam com "mais amparo legal", porque esse uso -para garantir a segurança das eleições- está constitucionalmente previsto.


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