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Protestos marcam Sete de Setembro em Brasília e Rio; em SP, Serra não apareceu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM APARECIDA
Já caminhava para o fim do
desfile de Sete de Setembro,
ontem em Brasília, quando
cerca de cem estudantes aproveitaram o evento da Independência do Brasil para pedir a saída do presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP), ausente na solenidade.
Carregando faixas com os
dizeres "Sai Ney", "Fora Sarney" e cartões vermelhos, os
estudantes derrubaram grades de segurança e ocuparam
uma área livre da Esplanada
dos Ministérios.
Os presidentes Luiz Inácio
Lula da Silva e Nicolas Sarkozy não viram os manifestantes -uma arquibancada
encobriu sua visão.
Houve troca de empurrões
e xingamentos entre estudantes e seguranças presidenciais, sem graves incidentes.
Um deles foi imobilizado.
Estiveram também no desfile 14 ministros. Cerca de 10
mil pessoas presenciaram a
parada, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal.
Rio
Sob protestos do Grito dos
Excluídos e de ex-soldados especialistas demitidos pela Aeronáutica, o desfile no Rio
contou com cerca de 8.000
pessoas. Os ex-militares protestaram por terem sido dispensados seis anos depois de
aprovação em concurso.
Segundo a associação que
representa a categoria, 15 mil
foram demitidos. A Aeronáutica alega que a seleção era para temporários, o que os demitidos contestam, com base
nos editais de 1994 a 1999, que
não fazem referência a isso.
São Paulo
Sem a presença do governador José Serra (PSDB), cerca
de 30 mil pessoas, conforme a
organização do evento, participaram ontem do desfile em
São Paulo, no Sambódromo
do Anhembi, na zona norte.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), acompanhou o evento ao lado de secretários estaduais e municipais e membros do Judiciário.
Segundo sua assessoria, o
governador sofreu anteontem
uma "forte indisposição".
Em Campinas, além da saída de Sarney, manifestantes
pediram o fechamento do Senado com faixas e cartazes.
Panfleto do PSOL dizia que
o fechamento "sem dúvida seria um grande passo para
combater as elites" e "um
avanço para a democracia".
Em Aparecida (SP), o arcebispo dom Raymundo Damasceno Assis, disse ontem
que o Grito dos Excluídos,
protesto liderado pela Igreja
Católica há 15 anos, não conta
mais, no Santuário Nacional
de Aparecida, com uma presença maciça dos movimentos sociais e, por isso, poderia
ser "repensado".
"Protestar por protestar é
bom, mas é importante ter
propostas concretas. A gente
às vezes muda comportamentos através de ações muito
concretas, que mexem na vida
das pessoas. Quando ficamos
apenas no campo muito teórico, talvez [a gente] não atinja o
coração das pessoas", disse.
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