São Paulo, terça-feira, 08 de outubro de 2002

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SENADO

No total de vagas, renovação é de quase 50%; bancada feminina dobra e contará com 10 senadoras; ACM está de volta

Renovação de vagas disputadas é de 75%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a eleição de domingo, o Senado terá uma renovação de quase 75% das 54 vagas disputadas e de quase 50% do total de suas 81 vagas, embora menos de dez dos eleitos sejam políticos sem expressão nacional. Entre os eleitos, estão dez ex-governadores e 12 deputados federais.
As urnas reabilitaram o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e revelaram o petista Aloizio Mercadante (SP) como campeão de votos no país. No entanto, o que mais chama a atenção na nova composição do Senado é o crescimento da bancada feminina: serão dez senadoras, o dobro do número atual.
"A bancada do batom vai ficar com camada dupla", afirmou a deputada estadual de Santa Catarina Ideli Salvatti (PT), uma das eleitas. Das dez senadoras que terão cadeira no Senado a partir de fevereiro de 2003, seis delas são do PT. O principal compromisso é com a sustentação parlamentar de um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o petista vença o segundo turno das eleições presidenciais.
"Embora nós, mulheres, sejamos espíritos elevados, não podemos menosprezar o crescimento da bancada geral do PT", disse Heloísa Helena (AL), comemorando o aumento da bancada petista de 8 para 14 senadores -o maior registrado na Casa.
Entre as novas mulheres que assumem em 2003, estão a ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA), que teve sua pré-candidatura à Presidência pelo PFL frustrada por uma operação da Polícia Federal em empresa de sua propriedade e do seu marido, Jorge Murad, onde foi encontrado R$ 1,34 milhão em notas de R$ 50. No Senado, será colega do pai, José Sarney (PMDB-AP).
A deputada estadual do Ceará Patrícia Gomes (PPS), ex-mulher de Ciro Gomes (PPS), é outra senadora eleita de destaque na nova bancada. Foi a única cadeira conquistada pelo PPS no Senado.

Oscilações
Se o PT cresce, os partidos que compunham a base de apoio do governo Fernando Henrique Cardoso têm uma redução. O PMDB perde quatro senadores e o PSDB, três O crescimento do PFL é pífio: ganha um.
Apesar do fraco desempenho, os três partidos, juntos, terão 49 senadores, quórum mínimo para aprovação de emenda constitucional. Unidos, poderiam criar dificuldades para um eventual governo Lula.
Mas, se eleito, o petista terá o senador José Sarney como um aliado forte no Senado, além da bancada petista, que incluiu o recordista de votos Mercadante.


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