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Bancada do Prona será de fundadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A votação de Enéas Carneiro
para deputado federal deve fazer a
bancada do Prona ter seis "representantes por São Paulo" na Câmara dos Deputados, todos que
se candidataram, segundo projeções do partido feitas quando a
apuração passava de 99%.
Quatro dos seis eleitos pelo Prona no Estado tiveram menos de
700 votos. E só um tem suas raízes
em São Paulo. Os demais, três deles do Rio, fizeram domicílio eleitoral aqui por causa da estratégia
de levar a Brasília os fundadores
do partido, ligados a Enéas.
Os cinco representantes do Prona que "pegaram carona" na votação de Enéas são: Amauri Robledo Gasques (18.344 votos contados até as 20h), Irapuan Teixeira (668), Elimar Máximo Damasceno (483), Ildeu Alves de Araújo
(382) e Vanderlei de Assis de Souza (275). Amauri, Elimar e Vanderlei são médicos -os dois últimos são do Rio e Amauri nasceu e
vive na capital paulista.
Irapuan é professor de filosofia
e morava em Porto Alegre, já foi
candidato a vereador e a governador no Estado. Ildeu, advogado, já
concorreu ao Senado no DF. Todos estão no partido desde 1989 e
foram escolhidos em uma reunião feita por Enéas em setembro
de 2001, quando ele decidiu sair a
deputado, e não a presidente.
O lanterna dos votos, Vanderlei,
56, além de homeopata, é professor de matemática e física. Antes
de se candidatar, fixou domicílio
eleitoral no Butantã, em São Paulo, mas continua vivendo no Rio,
onde mantém uma clínica e onde
já foi candidato a senador e a prefeito. "O fato de morar aqui ou lá
não importa. Vocês terão um carioca representando São Paulo."
O candidato Ildeu, 58, segundo
menos votado do Prona, disse ter
gastado R$ 6.000. Teve menos votos do que a quantidade de camisetas que distribuiu -400.
Segundo Enéas, a previsão do
partido era eleger ele e mais seis
deputados -a totalidade dos votos obtidos, porém, não seria suficiente para a eleição de mais um.
A falta de um documento impediu Maria Celeste Suassuna, médica fundadora do Prona, de oficializar a sua candidatura. O candidato Tocera chegou a registrar
seu número, sem a autorização do
partido, mas teve sua candidatura
impugnada.
(AI)
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