São Paulo, terça-feira, 08 de outubro de 2002

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MAPA DO PODER

De 12 Estados onde disputa acabou, 7 serão governados por legendas que não compõem base governista

1º turno favorece os partidos de oposição

LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Dos 12 Estados em que a eleição foi definida no primeiro turno, 7 serão governados por partidos que fazem oposição ao governo federal e três por representantes de agremiações políticas que compõem a frente governista.
O PFL, que apoiava o governo FHC, mas se opôs à candidatura oficial, conquistou dois Estados.
No segundo turno, os partidos de oposição terão candidatos em 11 Estados e os que apóiam o candidato do governo, em 13.
O PSB do ex-governador Anthony Garotinho foi a agremiação numericamente mais bem sucedida, conquistando o governo de três Estados: Rio de Janeiro (com a mulher de Garotinho, Rosinha), Alagoas (com Ronaldo Lessa se reelegendo) e no Espírito Santo (eleição de Paulo Hartung).
Mesmo antes do segundo turno, o PSB passa a ter dois Estados a mais do que tem atualmente -governa apenas Alagoas.
O PT de Luiz Inacio Lula da Silva levou no primeiro turno em dois Estados: Acre (Jorge Viana) e Piauí (Wellington Dias).
Isso significa que o partido já garantiu pelo menos metade do número de Estados que governa atualmente (tem Rio, Acre, Rio Grande do Sul e Amapá).
Já o PPS de Ciro Gomes também ficou com dois Estados, Mato Grosso (Blairo Maggi) e Amazonas (Eduardo Braga), mas foi mais bem sucedido em números relativos, porque não possuía nenhum governador.
O partido do candidato José Serra (PSDB) garantiu duas vagas de governador já no primeiro turno: Minas Gerais, com Aécio Neves, e Goiás, Marconi Perillo.
O PMDB, que integra a frente que apóia Serra, reelegeu Jarbas Vasconcellos em Pernambuco.
O PFL, que antes compunha a coalizão governista, mas não concordou com a candidatura tucana, também elegeu dois governadores na primeira rodada de votação: Paulo Souto, na Bahia, e Marcelo Miranda, em Tocantins.
Os casos mais significativos de alternância no poder estadual, definidos em primeiro turno, vão ocorrer no Amazonas (Amazonino Mendes, do PFL, cederá lugar a Eduardo Braga, do PPS) no Espírito Santo (sai José Ignácio, do PTN, entra Paulo Hartung, do PSB) e em Mato Grosso (troca de Rogério Salles, do PSDB, por Blairo Maggi, também do PPS).
O panorama nacional para o segundo turno das eleições estaduais também é ligeiramente favorável aos partidos de oposição. Só o PT já vai participar da disputa em oito Estados. O PDT concorre em três, o PSB em um e o PTB em um (total de 13).
O PSDB disputa em seis unidades da federação, e o PMDB, em outras cinco (11 no total).
O PFL tem candidatos em três Estados, PPB em 2, e PSL em um. O PPS não está na disputa do segundo turno. O enfrentamento direto entre PSDB e PT vai acontecer em São Paulo, no Ceará, em Mato Grosso do Sul e no Pará.


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