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MAPA DO PODER
De 12 Estados onde disputa acabou, 7 serão governados por legendas que não compõem base governista
1º turno favorece os partidos de oposição
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos 12 Estados em que a eleição
foi definida no primeiro turno, 7
serão governados por partidos
que fazem oposição ao governo
federal e três por representantes
de agremiações políticas que
compõem a frente governista.
O PFL, que apoiava o governo
FHC, mas se opôs à candidatura
oficial, conquistou dois Estados.
No segundo turno, os partidos
de oposição terão candidatos em
11 Estados e os que apóiam o candidato do governo, em 13.
O PSB do ex-governador Anthony Garotinho foi a agremiação
numericamente mais bem sucedida, conquistando o governo de
três Estados: Rio de Janeiro (com
a mulher de Garotinho, Rosinha),
Alagoas (com Ronaldo Lessa se
reelegendo) e no Espírito Santo
(eleição de Paulo Hartung).
Mesmo antes do segundo turno,
o PSB passa a ter dois Estados a
mais do que tem atualmente
-governa apenas Alagoas.
O PT de Luiz Inacio Lula da Silva levou no primeiro turno em
dois Estados: Acre (Jorge Viana) e
Piauí (Wellington Dias).
Isso significa que o partido já
garantiu pelo menos metade do
número de Estados que governa
atualmente (tem Rio, Acre, Rio
Grande do Sul e Amapá).
Já o PPS de Ciro Gomes também ficou com dois Estados, Mato Grosso (Blairo Maggi) e Amazonas (Eduardo Braga), mas foi
mais bem sucedido em números
relativos, porque não possuía nenhum governador.
O partido do candidato José
Serra (PSDB) garantiu duas vagas
de governador já no primeiro turno: Minas Gerais, com Aécio Neves, e Goiás, Marconi Perillo.
O PMDB, que integra a frente
que apóia Serra, reelegeu Jarbas
Vasconcellos em Pernambuco.
O PFL, que antes compunha a
coalizão governista, mas não concordou com a candidatura tucana, também elegeu dois governadores na primeira rodada de votação: Paulo Souto, na Bahia, e Marcelo Miranda, em Tocantins.
Os casos mais significativos de
alternância no poder estadual, definidos em primeiro turno, vão
ocorrer no Amazonas (Amazonino Mendes, do PFL, cederá lugar a
Eduardo Braga, do PPS) no Espírito Santo (sai José Ignácio, do
PTN, entra Paulo Hartung, do
PSB) e em Mato Grosso (troca de
Rogério Salles, do PSDB, por Blairo Maggi, também do PPS).
O panorama nacional para o segundo turno das eleições estaduais também é ligeiramente favorável aos partidos de oposição.
Só o PT já vai participar da disputa em oito Estados. O PDT concorre em três, o PSB em um e o
PTB em um (total de 13).
O PSDB disputa em seis unidades da federação, e o PMDB, em
outras cinco (11 no total).
O PFL tem candidatos em três
Estados, PPB em 2, e PSL em um.
O PPS não está na disputa do segundo turno. O enfrentamento
direto entre PSDB e PT vai acontecer em São Paulo, no Ceará, em
Mato Grosso do Sul e no Pará.
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