São Paulo, terça-feira, 08 de outubro de 2002

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PARÁ

Petistas buscam o apoio de Jader para tentar bater candidato tucano

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O PT articula o apoio do deputado federal eleito Jader Barbalho (PMDB) para compor uma aliança antitucana no Pará e derrotar Simão Jatene, apoiado pelo governador Almir Gabriel (PSDB).
A candidata ao governo Maria do Carmo (PT), que disputará o segundo turno com Jatene, disse que o partido procurará o PMDB para fechar uma aliança no segundo turno. Jader é o presidente do PMDB no Pará. Jatene ficou em primeiro com 34,4% dos votos validos e Maria teve 28,9%.
"O partido está aberto para todas as alianças que queiram implementar o projeto de mudança no Estado. O Jader é uma pessoa e nós estamos falando do apoio do PMDB, que é um grande partido", disse Maria do Carmo, esquivando-se do fato de que o PT sempre foi crítico de Jader, que é acusado pelo Ministério Público Federal de comandar uma quadrilha de desvios de dinheiro público da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) -o que ele nega.
Além do PMDB de Jader, o PT formou uma comissão especial para discutir o apoio de Ademir Andrade (PSB) e Hildegardo Nunes (PTB), que ficaram em terceiro e quarto lugares respectivamente para o governo do Estado.
Ademir Andrade, que teve o apoio de Jader no primeiro turno, teve 24,9% dos votos válidos e Hildegardo ficou com 9,7%.
Os dois praticamente garantiram o apoio ao PT no segundo turno. "Vamos conquistar os corações e as mentes do eleitores do Ademir e do Hildegardo. Liguei para eles antes das eleições e disse que algo nos unia. Combinamos que conversaríamos depois das eleições", disse Maria.
Um dias antes das eleições, as pesquisas apontavam Jatene e Ademir no segundo turno.
Já o candidato Jatene reforçará sua estratégia de atrair eleitores do seu principal apoiador, o governador Almir Gabriel.
"Oito em cada dez aprovam o governo Almir Gabriel e tenho certeza de que o povo vai preferir pela continuidade deste projeto."
Jatene demonstra não estar preocupado com a alianças contra a sua campanha. "A principal aliança que faremos neste segundo turno é com o eleitor."
Jader não quis comentar a idéia de apoiar o PT, embora tenha "lamentado a onda vermelha" que tirou seu aliado Ademir Andrade (PSB) do segundo turno. "Não vou anunciar apoio nenhum sem me reunir com os outros membros do PMDB", afirmou.
Sobre o senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), seu desafeto que também volta ao Congresso, Jader disse apenas que "não conheço esse senhor".



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