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PARÁ
Petistas buscam o apoio de Jader para tentar bater candidato tucano
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O PT articula o apoio do deputado federal eleito Jader Barbalho
(PMDB) para compor uma aliança antitucana no Pará e derrotar
Simão Jatene, apoiado pelo governador Almir Gabriel (PSDB).
A candidata ao governo Maria
do Carmo (PT), que disputará o
segundo turno com Jatene, disse
que o partido procurará o PMDB
para fechar uma aliança no segundo turno. Jader é o presidente
do PMDB no Pará. Jatene ficou
em primeiro com 34,4% dos votos validos e Maria teve 28,9%.
"O partido está aberto para todas as alianças que queiram implementar o projeto de mudança
no Estado. O Jader é uma pessoa e
nós estamos falando do apoio do
PMDB, que é um grande partido",
disse Maria do Carmo, esquivando-se do fato de que o PT sempre
foi crítico de Jader, que é acusado
pelo Ministério Público Federal
de comandar uma quadrilha de
desvios de dinheiro público da extinta Sudam (Superintendência
do Desenvolvimento da Amazônia) -o que ele nega.
Além do PMDB de Jader, o PT
formou uma comissão especial
para discutir o apoio de Ademir
Andrade (PSB) e Hildegardo Nunes (PTB), que ficaram em terceiro e quarto lugares respectivamente para o governo do Estado.
Ademir Andrade, que teve o
apoio de Jader no primeiro turno,
teve 24,9% dos votos válidos e
Hildegardo ficou com 9,7%.
Os dois praticamente garantiram o apoio ao PT no segundo
turno. "Vamos conquistar os corações e as mentes do eleitores do
Ademir e do Hildegardo. Liguei
para eles antes das eleições e disse
que algo nos unia. Combinamos
que conversaríamos depois das
eleições", disse Maria.
Um dias antes das eleições, as
pesquisas apontavam Jatene e
Ademir no segundo turno.
Já o candidato Jatene reforçará
sua estratégia de atrair eleitores
do seu principal apoiador, o governador Almir Gabriel.
"Oito em cada dez aprovam o
governo Almir Gabriel e tenho
certeza de que o povo vai preferir
pela continuidade deste projeto."
Jatene demonstra não estar
preocupado com a alianças contra a sua campanha. "A principal
aliança que faremos neste segundo turno é com o eleitor."
Jader não quis comentar a idéia
de apoiar o PT, embora tenha "lamentado a onda vermelha" que
tirou seu aliado Ademir Andrade
(PSB) do segundo turno. "Não
vou anunciar apoio nenhum sem
me reunir com os outros membros do PMDB", afirmou.
Sobre o senador eleito Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), seu
desafeto que também volta ao
Congresso, Jader disse apenas que
"não conheço esse senhor".
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