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ACRE
Viana comemora sua reeleição e desempenho do PT nas urnas
GABRIELA ATHIAS
ENVIADA ESPECIAL A RIO BRANCO
O PT no Acre cumpriu a meta
da direção nacional e fez, como
diz a expressão popular, "barba,
cabelo e bigode" nessas eleições.
O governador Jorge Viana foi
reeleito com a maior votação proporcional do país (63,3%). O segundo colocado, Flaviano Melo
(PMDB), obteve 33,6%. O PT ainda elegeu dois senadores: Marina
Silva- que obteve votação praticamente igual à de Viana (apenas
oito mil votos a menos do que
ele)- e Geraldinho Mesquita,
que é do PSB, mas integra a Frente
Popular de Viana e Marina.
Viana lamentou que Benedita
da Silva tenha perdido as eleições
no Rio, mas disse que isso ajudaria Lula a conseguir fazer aliança
com Anthony Garotinho (PSB)
no segundo turno. "Graças a
Deus a Benê não foi eleita. É lamentável por um lado, mas por
outro, ajuda o Lula".
Além da expressiva votação de
Viana, 50% dos oito deputados
federais eleitos são da Frente Popular. A mesma proporção se
mantém na bancada estadual.
Os dois deputados federais e estaduais mais votados são do PT.
Outro resultado dessas eleições é
que toda a bancada do Acre no
Senado passa a ser petista. Isso
porque Tião Viana (irmão do governador), que ainda tem quatro
anos de mandato, é do partido.
Geraldinho, quase um desconhecido na política, substituirá o
senador Nabor Júnior (PMDB).
Ele disputou uma única eleição
nos anos 80 para deputado federal pelo PMDB e perdeu. Já Nabor
tem 40 anos de mandato parlamentar pelo Acre, entre os cargos
de deputado estadual, federal e
senador. Como outros caciques
do Estado, entre eles o senador
Iris Resende (GO), não se elegeu.
As urnas mostram que a era dos
Pascoal está enfraquecida. O mais
conhecido da família é Hildebrando, o ex-deputado federal
preso por homicídio e tráfico de
drogas. O irmão dele, Cosmoty
(PPB), foi o deputado estadual
mais votado nas últimas eleições.
Nesta, obteve cerca de 1,5 mil votos e ficou de fora da Assembléia.
O primo Aureliano (PL) também
não se elegeu deputado federal.
Narciso Mendes (PPB) teve a
candidatura impugnada em razão de não ter abandonado a direção da TV Rio Branco para concorrer às eleições. Ele nega.
Já Ronivon Santiago (PPB) está
sendo investigado por suspeita de
corrupção eleitoral. Dois cabos
eleitorais dele foram presos em
flagrante na quinta-feira passada.
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