São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br "Eu avisei..."
"Mr. Doom", Nouriel Roubini, enviou e-mail ontem ao site Portfolio, curto e direto: "Nós estamos perto do derretimento financeiro e corporativo total, cara". A única instituição disposta a emprestar é o banco central americano. "Atingimos o ponto em que o Fed é o único banco no país ou, melhor, no mundo." Mas o "Sr. Apocalipse", pela primeira vez, arrisca na direção contrária, de contenção do desastre. No final da semana, defendeu que o Fed dispensasse os bancos e passasse a emprestar diretamente às corporações. Foi o que o Fed fez, ontem. Não basta, afirma Roubini, receitando garantir todos os depósitos e fazer uma "triagem radical entre bancos solventes e insolventes a serem fechados", para começar a conter o desespero -e evitar, não mais recessão, mas depressão global. "MUDEI DE IDÉIA"
"BANK OF USA" O "FT" se manteve ausente do sobe-e-desce o dia todo, com a manchete on-line de que o Fed já "ignora os bancos e empresta diretamente às empresas, em tentativa sem precedentes de descongelar os mercados de dinheiro". Abaixo, na análise "Banco dos EUA", dizia ser "a coisa certa". "New York Times" e "Wall Street Journal" focaram Wall Street, que desabou depois do discurso do presidente do Fed, sinalizando cortar juros. O Bank of America caiu 25%. SEM FIM, SEM FUNDO O site da "Economist" já vislumbra um "padrão" nos pacotes seguidos de rejeição pelos mercados, num círculo vicioso "sem um fim à vista". O site MarketWatch, em análise de 160 "newsletters" financeiras, vai por aí. A crise ainda está "sem fundo". Diz que a sensação na segunda era de capitulação frente à crise, mas já havia sido assim dias antes. "Como a revolução", arrisca o site, "a capitulação não vai ser televisionada". Poucos vão perceber, no dia. KREMLIN, AO RESGATE
No "FT" e outros, a Islândia foi parar ontem nos braços da Rússia. Foi "forçada a buscar injeção de capital russo", mas antes "expressou sua decepção com os aliados ocidentais, que falharam em providenciar apoio para enfrentar a crise". No dizer do primeiro-ministro, sem "nossos amigos, tivemos que procurar novos amigos". "Guardian" e outros ecoaram o videoblog do presidente russo, Dmitri Medveded, 43, que postou sobre o encontro hoje com líderes ocidentais, onde vai defender "respostas conjuntas às reviravoltas na economia". Na avaliação do jornal, o novo site e a própria performance on-line do jovem líder, que abre o dia lendo sites ocidentais, indicariam um político "pós-soviético". "W.", O FILME
"BUSINESS AS USUAL"
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