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ELEIÇÕES 2008 / RIO DE JANEIRO
Paes pede apoio a Lula, que deixa decisão para PT do Rio
PRB de Crivella condiciona apoio a peemedebista a cargos em eventual mandato
Só com o DEM, Gabeira,
ex-aliado de Lula, defende a neutralidade do presidente no 2º turno das eleições
para a prefeitura carioca
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes,
ex-crítico severo do governo de
Lula na CPI do Mensalão, disse
ontem ter pedido o apoio do
presidente em almoço, após ter
esperado por ele três horas na
base aérea de Santa Cruz (zona
oeste do Rio).
O encontro terminou sem
que Paes tivesse tido, por enquanto, sucesso em seu intento. Fernando Gabeira (PV), ex-aliado do presidente, agora sugere a neutralidade de Lula no
processo eleitoral do Rio.
Na caça por apoios, Paes formalizou aliança com o PSB e
aguarda -além de PT, PDT, PC
do B e PSC- o PRB de Marcelo
Crivella, com quem negocia
cargos em um eventual mandato. Gabeira aceitou o apoio do
DEM, partido de Cesar Maia.
Paes disse ter tido uma conversa "ótima, excepcional",
com Lula, "sobre o país", durante o almoço. Admitiu que
não teve garantia imediata do
apoio de Lula. "A decisão do
presidente é a que será tomada
pelos partidos da base aliada."
A decisão virá do PT do Rio,
que, como Paes, diz que o acordo está "bem encaminhado".
Ter o PT do Rio, porém, não
significa ter Lula, como ficou
claro na falta de empenho do
presidente na candidatura do
petista Alessandro Molon.
Gabeira afirmou que, se eleito, procurará Lula. "Bom, pelo
que li nos jornais hoje, a informação é que ele [Lula] se manteve neutro. Agora, eu não sei
que tipo de conversa ele vai ter
com o outro candidato", disse.
O grupo do senador do PRB,
detentor de 625.237 votos no
primeiro turno (19% dos válidos), está em negociação com o
PMDB e com a cúpula da Igreja
Universal do Reino de Deus,
que se reuniu ontem em São
Paulo. O mais provável é que
Crivella declare apoio a Paes,
mas não se envolva diretamente na campanha. Mas deve condicionar o apoio à pasta de
Transportes ou de Urbanismo.
O TRE-RJ decidiu que não
irá solicitar a presença de tropas federais no Estado durante
o segundo turno das eleições.
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