São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / RIO DE JANEIRO

Paes pede apoio a Lula, que deixa decisão para PT do Rio

PRB de Crivella condiciona apoio a peemedebista a cargos em eventual mandato

Só com o DEM, Gabeira, ex-aliado de Lula, defende a neutralidade do presidente no 2º turno das eleições para a prefeitura carioca


DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, ex-crítico severo do governo de Lula na CPI do Mensalão, disse ontem ter pedido o apoio do presidente em almoço, após ter esperado por ele três horas na base aérea de Santa Cruz (zona oeste do Rio).
O encontro terminou sem que Paes tivesse tido, por enquanto, sucesso em seu intento. Fernando Gabeira (PV), ex-aliado do presidente, agora sugere a neutralidade de Lula no processo eleitoral do Rio.
Na caça por apoios, Paes formalizou aliança com o PSB e aguarda -além de PT, PDT, PC do B e PSC- o PRB de Marcelo Crivella, com quem negocia cargos em um eventual mandato. Gabeira aceitou o apoio do DEM, partido de Cesar Maia.
Paes disse ter tido uma conversa "ótima, excepcional", com Lula, "sobre o país", durante o almoço. Admitiu que não teve garantia imediata do apoio de Lula. "A decisão do presidente é a que será tomada pelos partidos da base aliada."
A decisão virá do PT do Rio, que, como Paes, diz que o acordo está "bem encaminhado". Ter o PT do Rio, porém, não significa ter Lula, como ficou claro na falta de empenho do presidente na candidatura do petista Alessandro Molon.
Gabeira afirmou que, se eleito, procurará Lula. "Bom, pelo que li nos jornais hoje, a informação é que ele [Lula] se manteve neutro. Agora, eu não sei que tipo de conversa ele vai ter com o outro candidato", disse.
O grupo do senador do PRB, detentor de 625.237 votos no primeiro turno (19% dos válidos), está em negociação com o PMDB e com a cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus, que se reuniu ontem em São Paulo. O mais provável é que Crivella declare apoio a Paes, mas não se envolva diretamente na campanha. Mas deve condicionar o apoio à pasta de Transportes ou de Urbanismo.
O TRE-RJ decidiu que não irá solicitar a presença de tropas federais no Estado durante o segundo turno das eleições.


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