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ELEIÇÕES 2008 / SALVADOR
Geddel culpa PT por disputa local com PMDB
Ministro acusa Jaques Wagner de ter abandonado "aos 46 minutos do 2º tempo" a gestão de João Henrique, que tenta a reeleição
Crescimento do PMDB na Bahia faz Geddel, inimigo histórico do carlismo, virar nome forte para a disputa do governo estadual em 2010
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), do
PMDB, ponta-de-lança nacional da candidatura de João
Henrique Carneiro (PMDB) à
reeleição em Salvador no segundo turno, disse à Folha que
a relação com o PT baiano mudou e que não haverá "atrelamento automático para 2010".
Tratando com naturalidade
o fato de o PMDB, principal pilar de sustentação do governo
Lula, disputar em Salvador
com o petista Walter Pinheiro,
Geddel jogou para o PT a responsabilidade pelo cenário de
polarização com seu partido.
O ministro disse que, se o PT
do governador Jaques Wagner
não tivesse abandonado a participação na gestão de João
Henrique "aos 46 minutos do
segundo tempo", PMDB e PT
estariam equilibrados: o PT
com o governo estadual, e o
PMDB com a prefeitura.
"Se o PT da Bahia tivesse
permanecido [na gestão João
Henrique], como lutei, já teríamos um equilíbrio absoluto."
Enquanto o DEM perdeu espaço na Bahia, o PMDB viu seu
poder no Estado crescer das
atuais 57 prefeituras para 113,
segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios.
Com o crescimento do partido, Geddel, inimigo do carlismo, virou nome forte para
2010. Segundo ele, que diz ter
conversado com o presidente
Lula antes de apoiar João Henrique, o fim de um atrelamento
automático com o PT para
2010 não significa "desatrelamento". "Conversaremos com
o PT. Se der para marcharmos
juntos, vamos marchar. Se não
der, não vamos."
Lula recebe hoje a cúpula do
PMDB num jantar no Alvorada. Os peemedebistas querem
que ele e Wagner não se envolvam na disputa em Salvador.
À noite, o ex-prefeito tucano
Antonio Imbassahy, que ficou
em quarto lugar na eleição,
anunciou que vai apoiar Pinheiro no segundo turno.
Colaboraram a Agência Folha, em Salvador e a
Sucursal de Brasília
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