São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SALVADOR

Geddel culpa PT por disputa local com PMDB

Ministro acusa Jaques Wagner de ter abandonado "aos 46 minutos do 2º tempo" a gestão de João Henrique, que tenta a reeleição

Crescimento do PMDB na Bahia faz Geddel, inimigo histórico do carlismo, virar nome forte para a disputa do governo estadual em 2010


BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA

O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), do PMDB, ponta-de-lança nacional da candidatura de João Henrique Carneiro (PMDB) à reeleição em Salvador no segundo turno, disse à Folha que a relação com o PT baiano mudou e que não haverá "atrelamento automático para 2010".
Tratando com naturalidade o fato de o PMDB, principal pilar de sustentação do governo Lula, disputar em Salvador com o petista Walter Pinheiro, Geddel jogou para o PT a responsabilidade pelo cenário de polarização com seu partido.
O ministro disse que, se o PT do governador Jaques Wagner não tivesse abandonado a participação na gestão de João Henrique "aos 46 minutos do segundo tempo", PMDB e PT estariam equilibrados: o PT com o governo estadual, e o PMDB com a prefeitura.
"Se o PT da Bahia tivesse permanecido [na gestão João Henrique], como lutei, já teríamos um equilíbrio absoluto."
Enquanto o DEM perdeu espaço na Bahia, o PMDB viu seu poder no Estado crescer das atuais 57 prefeituras para 113, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios.
Com o crescimento do partido, Geddel, inimigo do carlismo, virou nome forte para 2010. Segundo ele, que diz ter conversado com o presidente Lula antes de apoiar João Henrique, o fim de um atrelamento automático com o PT para 2010 não significa "desatrelamento". "Conversaremos com o PT. Se der para marcharmos juntos, vamos marchar. Se não der, não vamos."
Lula recebe hoje a cúpula do PMDB num jantar no Alvorada. Os peemedebistas querem que ele e Wagner não se envolvam na disputa em Salvador.
À noite, o ex-prefeito tucano Antonio Imbassahy, que ficou em quarto lugar na eleição, anunciou que vai apoiar Pinheiro no segundo turno.


Colaboraram a Agência Folha, em Salvador e a Sucursal de Brasília


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