São Paulo, quinta-feira, 08 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entidades ligadas ao movimento receberam R$ 15,4 mi do governo

ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ignorando alertas do TCU (Tribunal de Contas da União), o governo federal continua a repassar recursos para entidades vinculadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Neste ano, 19 instituições ligadas ao movimento receberam pelo menos R$ 15,4 milhões.
Por suspeitar que estas entidades financiem a atuação dos sem-terra, o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, pedirá nos próximos dias que o tribunal impeça, por meio de liminar, novas transferências.
Além de promover invasões de propriedades, o MST nunca teve registro na Receita Federal, não existe como empresa e, portanto, não pode ser destinatário de dinheiro público. A criação dessas entidades foi a saída encontrada pelos sem-terra para receber os repasses.
Cerca de 40 entidades são ligadas diretamente aos sem-terra. Isto é, atuam em assentamentos ou são comandadas por pessoas vinculadas ao movimento. Desde 2003, receberam pelo menos R$ 150 milhões.
Um dos principais nomes da bancada ruralista, Ronaldo Caiado (DEM-GO) acusou o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) de dar suporte a um esquema ilegal de financiamento do MST. "Ele tem a maior plantação de laranjas de todas dentro de seu próprio ministério", afirmou.
Sem saber do teor das declarações de Caiado, Cassel disse que as entidades possuem vida própria e que não há provas de que financiem o MST. "Sempre que o Poder Judiciário ou a Polícia Federal nos disser que uma entidade está proibida de firmar convênio público, eu excluo do cadastro", disse.


Texto Anterior: Incra recorre de decisão que extingue ação contra Cutrale
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.