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Entidades ligadas ao movimento receberam R$ 15,4 mi do governo
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ignorando alertas do TCU
(Tribunal de Contas da União),
o governo federal continua a
repassar recursos para entidades vinculadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Neste ano, 19
instituições ligadas ao movimento receberam pelo menos
R$ 15,4 milhões.
Por suspeitar que estas entidades financiem a atuação dos
sem-terra, o procurador do Ministério Público junto ao TCU,
Marinus Marsico, pedirá nos
próximos dias que o tribunal
impeça, por meio de liminar,
novas transferências.
Além de promover invasões
de propriedades, o MST nunca
teve registro na Receita Federal, não existe como empresa e,
portanto, não pode ser destinatário de dinheiro público. A
criação dessas entidades foi a
saída encontrada pelos sem-terra para receber os repasses.
Cerca de 40 entidades são ligadas diretamente aos sem-terra. Isto é, atuam em assentamentos ou são comandadas por
pessoas vinculadas ao movimento. Desde 2003, receberam
pelo menos R$ 150 milhões.
Um dos principais nomes da
bancada ruralista, Ronaldo
Caiado (DEM-GO) acusou o
ministro Guilherme Cassel
(Desenvolvimento Agrário) de
dar suporte a um esquema ilegal de financiamento do MST.
"Ele tem a maior plantação de
laranjas de todas dentro de seu
próprio ministério", afirmou.
Sem saber do teor das declarações de Caiado, Cassel disse
que as entidades possuem vida
própria e que não há provas de
que financiem o MST. "Sempre
que o Poder Judiciário ou a Polícia Federal nos disser que
uma entidade está proibida de
firmar convênio público, eu excluo do cadastro", disse.
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