São Paulo, Segunda-feira, 08 de Novembro de 1999
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CRISE

Para petista, "não há razão ética" para deixar cargos no Rio

Dirceu defende acordo para permanência do PT no governo

da Reportagem Local



O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, afirmou ontem, em São Paulo, acreditar que um acordo político no diretório fluminense da legenda decidirá antes do final do mês sobre a permanência dos petistas na administração do governador Anthony Garotinho (PDT).
""Os secretários colocaram os cargos à disposição do governador e cumpriram a decisão do encontro do Rio. Agora temos grandes chances de fazer um acordo (no sentido de) cumprir a resolução e permanecer no governo. Não há razão ética ou programática para o PT sair do governo", declarou Dirceu.
Na sexta-feira o presidente estadual do PT, Carlos Santana, entregou ao governador as secretarias ocupadas pelo partido.
Apesar disso, Garotinho, que iniciou a crise entre as duas legendas ao se referir ao PT como o ""Partido da Boquinha", não aceita a exoneração dos petistas.
O presidente do partido defende o entendimento diante do que considera um ""retorno positivo" de Garotinho na discussão de questões como a relação do governador com a bancada estadual petista e a participação dos partidos de esquerda no governo.
Decisão do Diretório Nacional, reunido no final de semana em São Paulo, ampliou o número de votos da corrente da vice-governadora Benedita da Silva dentro do diretório regional fluminense, dando maioria aos defensores da permanência do PT no governo.
""Espero que isso não sirva para o acirramento da crise no Rio. Os secretários têm de ser exonerados", declarou a deputada estadual Cida Diogo.


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