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Vedoin nega ter produzido dossiê contra Mercadante
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Luiz Antonio Vedoin, acusado de liderar a máfia das ambulâncias, depôs ontem no Conselho de Ética da Câmara e negou
ter produzido dossiê contra o
senador Aloizio Mercadante
(PT-SP). As declarações contradizem a versão do empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro Barjas Negri (Saúde).
Vedoin acusou Abel de facilitar o pagamento de emendas da
pasta em 2002. Ele tentou evitar perguntas sobre o dossiê
contra políticos do PSDB. Argumentou que fora convidado a
depor apenas sobre a participação dos 67 deputados processados pelo Conselho de Ética.
Apesar das negativas, o deputado José Eduardo Cardozo
(PT-SP) obteve respostas sobre
a suposta ação de Abel Pereira
na Saúde. Ao ser questionado
sobre como conseguira a liberação de emendas em 2002,
disse: "Através do Abel".
Sobre a participação dos deputados, Vedoin reafirmou o
que havia dito à Justiça e à CPI
dos Sanguessugas.
Porém, na avaliação do presidente do conselho, Ricardo
Izar (PTB-SP), Vedoin voltou
atrás sobre o envolvimento dos
deputados Wellington Fagundes (PL-MT), Wellinton Roberto (PL-PB), Pedro Henry
(PP-MT) e Laura Carneiro
(PFL-RJ). Sobre a deputada
pefelista, Vedoin chegou a afirmar que "nunca" se encontrou
com ela. No caso de Pedro
Henry, disse apenas que o ajudou em campanha eleitoral.
"Demos um grande passo para adiantar os processos", disse
Izar, que afirmou, no entanto,
que não vai conseguir encerrar
todos os processos até o fim
deste ano.
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