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Inquérito sobre dossiê pode ser prorrogado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
DO ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ
O delegado da Polícia Federal de Cuiabá (MT) Diógenes Curado, responsável pela
investigação sobre a negociação do dossiê antitucano, sugeriu ontem que pode pedir
nova prorrogação do inquérito -cujo prazo termina no
próximo dia 26- e disse que
só deve indiciar os envolvidos após descobrir a origem
do R$ 1,7 milhão apreendido.
A PF já havia pedido uma
prorrogação de 30 dias. Curado disse que a polícia trabalha com várias linhas de
investigações para desvendar a origem do dinheiro.
A PF prendeu em 15 de setembro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos no Hotel Ibis,
em São Paulo, com R$ 1,75
milhão, sendo US$ 248 mil e
R$ 1,16 milhão.
No fim de outubro, a PF informou que deveria indiciar
ao menos seis envolvidos.
Pelo menos US$ 109 mil
saíram da Vicatur Câmbio e
Turismo, de Nova Iguaçu
(RJ). A agência usou "laranjas" para encobrir os receptores. Advogados da Vicatur
informaram à PF que a casa
de câmbio não pode informar para quem vendeu os
dólares porque ela não possui tal controle. Ao menos
outras quatro casas de câmbio são investigadas pela PF.
Quanto aos reais, uma das
suspeitas é de que tenham
vindo do jogo do bicho.
Em Campo Grande, o delegado da PF deve ouvir o piloto Tito Lívio Ferreira Lima,
que transportaria de São
Paulo para Cuiabá o dinheiro
apreendido. O dono da aeronave, Arlindo Babosa, também prestará depoimento.
A polícia quer saber quem
os contatou.
(MAURÍCIO SIMIONATO E LEONARDO SOUZA)
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