São Paulo, quarta-feira, 08 de novembro de 2006

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Inquérito sobre dossiê pode ser prorrogado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
DO ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ

O delegado da Polícia Federal de Cuiabá (MT) Diógenes Curado, responsável pela investigação sobre a negociação do dossiê antitucano, sugeriu ontem que pode pedir nova prorrogação do inquérito -cujo prazo termina no próximo dia 26- e disse que só deve indiciar os envolvidos após descobrir a origem do R$ 1,7 milhão apreendido.
A PF já havia pedido uma prorrogação de 30 dias. Curado disse que a polícia trabalha com várias linhas de investigações para desvendar a origem do dinheiro.
A PF prendeu em 15 de setembro os emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos no Hotel Ibis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão, sendo US$ 248 mil e R$ 1,16 milhão.
No fim de outubro, a PF informou que deveria indiciar ao menos seis envolvidos.
Pelo menos US$ 109 mil saíram da Vicatur Câmbio e Turismo, de Nova Iguaçu (RJ). A agência usou "laranjas" para encobrir os receptores. Advogados da Vicatur informaram à PF que a casa de câmbio não pode informar para quem vendeu os dólares porque ela não possui tal controle. Ao menos outras quatro casas de câmbio são investigadas pela PF.
Quanto aos reais, uma das suspeitas é de que tenham vindo do jogo do bicho.
Em Campo Grande, o delegado da PF deve ouvir o piloto Tito Lívio Ferreira Lima, que transportaria de São Paulo para Cuiabá o dinheiro apreendido. O dono da aeronave, Arlindo Babosa, também prestará depoimento.
A polícia quer saber quem os contatou. (MAURÍCIO SIMIONATO E LEONARDO SOUZA)

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