São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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Depois de encontro, Aécio afirma sentir "boa vontade" de Lula em negociar a CPMF

Pedro Silveira/ "O Tempo"
Lula ao lado do governador tucano Aécio Neves, em Minas Gerais


PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse ontem em Belo Horizonte ter sentido "boa vontade" do petista em negociar com o PSDB um novo acordo para votação da CPMF no Senado.
Lula, no entanto, se esquivou de falar do tema. Quando questionado, brincou. "Eu ia falar [da votação], mas ele [Aécio] me lembrou que não é senador. Estou tentando convencê-lo a ser senador", disse.
"Estamos articulando aqui em favor da pátria", disse Aécio, ao lado de Lula. "Se bem que ele [Lula] está cheio de votos lá [no Senado]."
O presidente e Aécio se encontraram por cerca de dez minutos na Base Aérea da Pampulha e foram na mesma van para a inauguração do Centro Metropolitano de Especialidades Médicas, resultado de investimentos dos governos federal, estadual e municipal.
"Senti do presidente sinceramente boa vontade de conversar com a oposição, mas esta boa vontade tem que se transformar em um proposta concreta", disse Aécio, em entrevista após o evento.
Aécio voltou a dizer que foi "tímida" a proposta do governo e que uma nova proposta deve desonerar tributos, aumentar investimentos na saúde e dividir o bolo tributário com Estados e municípios. Segundo ele, se não for assim, o PSDB não aprovará a CPMF.
O tucano disse achar que o presidente vai avaliar com sua base se precisa ou não dos votos do PSDB para aprovar a medida. "Cabe ao governo federal, se achar importante o apoio do PSDB, apresentar proposta que possa ser rediscutida dentro do partido. Agora, esta questão está nas mãos do governo federal. Pode ser que o governo queira votar com a sua própria base", disse o governador.


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