São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

A "boa" crise

O "Guardian" fez um levantamento dos líderes que estão "sentindo" politicamente o impacto da crise, do chinês Hu Jintao à alemã Angela Merkel, e contrastou com o "punhado de outros líderes ao redor do mundo que estão tendo uma "boa" crise, mais notadamente o presidente do Brasil, Lula, com 70% de aprovação". E que, como o britânico Gordon Brown e o francês Nicholas Sarkozy, que também cresceram com a crise, vem adotando ações "populistas". Outro longo texto do "Guardian" pergunta "o que ele está fazendo certo?" e tenta explicar o Datafolha.

 

Abrindo a semana de definição dos juros pelo Banco Central, Kennedy Alencar postou na Folha Online que o presidente "aguardará a decisão para tomar uma decisão mais importante... Lula estuda uma eventual interferência política pública para forçar uma queda da taxa, caso o BC insista em manter". Dias atrás, até o "Wall Street Journal" questionou o uso dos juros por Brasil, Egisto, Islândia e mais ninguém para evitar a fuga de dólares. Diz que que não funciona mais, hoje no mundo.

PACOTE CÁ
Para enfrentar os "seis meses terríveis", como o governo Lula descreve internamente o primeiro semestre, segundo "O Estado de S. Paulo", está sendo preparado um "arsenal de medidas" -a começar do "ataque ao spread cobrado pelos bancos no empréstimo ao setor produtivo".

PACOTE LÁ
Nas páginas iniciais do "Times of India" ao UOL, também o governo indiano lançou medidas de estímulo à economia, com corte no imposto sobre a produção e injeção extra de US$ 4 bilhões "ao longo dos próximos quatro meses". Um dia antes, o BC indiano reduziu os juros.

OBRAS PÚBLICAS
msnbc.msn.com
Obama na entrevista ao "Meet the Press"
Em sua primeira entrevista a um programa dominical, faixa de grande concorrência na TV americana, o presidente eleito Barack Obama motivou manchetes pelo mundo, a começar do "New York Times", com o anúncio de um pacote "do tamanho da tarefa que está à frente". O mesmo "NYT", na versão em papel, já havia destacado em seu pronunciamento semanal que ele "prometeu criar o maior programa de obras públicas" em 50 anos.
A entrevista de Obama à NBC marcou para a rede o anúncio do novo âncora do "Meet the Press", o maior dos programas dominicais de entrevistas.

MUDANÇA COMERCIAL
O "Miami Herald" publicou ontem reportagem especial destacando que especialistas e políticos democratas "esperam mudança dramática na estratégia comercial sob Obama", com o fim dos acordos bilaterais negociados, por exemplo, com Colômbia e Panamá. O modelo é considerado um "fracasso".

MUDANÇA MILITAR
O "NYT", na manchete, focou a principal questão militar de Obama -escolher qual é o "risco maior": cortar "rápido demais" as forças americanas no Iraque ou não elevar "com a rapidez necessária" no Afeganistão. O jornal destaca que os EUA vêm aumentando a defesa da capital afegã, Cabul, sob ameaça.

OS PILOTOS AMERICANOS
Repercutiu nos EUA já no sábado, por jornais como "Wall Street Journal", o relatório da Aeronáutica que responsabilizou os pilotos americanos pelo acidente de 2006 na Amazônia, além de controladores de vôo. Os dois pilotos hoje moram em Long Island, subúrbio de Nova York, e seu advogado respondeu novamente via "Newsday", o jornal da região. Ele "questionou a objetividade" do relatório, por ser a própria Aeronáutica alvo eventual de responsabilização. E falou em "nonsense".

DO PAPEL...
O "NYT" noticiou no sábado que a terceira cadeia de jornais dos EUA, a McClatchy, busca comprador para o "Miami Herald".
E o site do "WSJ" noticiou ontem à noite que a primeira cadeia, a Tribune Co., de "Los Angeles Times" e "Chicago Tribune", se prepara para entrar com "pedido de falência", já nesta semana.

AO SITE
Uma semana atrás, o site de cobertura política Huffington Post, marcadamente democrata e que prioriza links para terceiros, fez uma capitalização em plena crise e levantou US$ 25 milhões.
No final da semana, o NYT.com lançou "Times Extra", home page alternativa, em fase Beta, incorporando links para terceiros.

NOVA REALIDADE
Celso Junior/AE/veja.abril.com.br
Lauro Jardim informa na "Veja" que Pérsio Arida, "um dos pais do Cruzado e do Real" e que foi sócio do banco Opportunity, volta para o Brasil em janeiro, depois de passar cinco anos em Londres. "A nova realidade do mercado financeiro mundial fez Arida repensar seus planos"


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@ - Nelson de Sá



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