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CONGRESSO
Projeto se arrasta há 10 anos
Renan e líderes decidem "fatiar" reforma política
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos
quatro maiores partidos do país
decidiram ontem "fatiar" o projeto de reforma política para começar a votar em abril a proposta,
que se arrasta há mais de dez anos
no Congresso.
A idéia é aprovar questões em
que há consenso, para que passem a valer para as eleições de
2006. Os dois primeiros pontos
avaliados devem ser os que tratam da fidelidade partidária e do
fim da verticalização das eleições.
A reunião entre Renan e os presidentes do PT, José Genoino, do
PSDB, Eduardo Azeredo, do PFL,
Jorge Bornhausen, e do PMDB,
Michel Temer, foi uma tentativa
de fazer a reforma política deslanchar. Na íntegra, o projeto engloba uma série de pontos sobre os
quais os partidos divergem.
Segundo os dirigentes, a idéia é
construir um "consenso coletivo"
que permita aprovar primeiro
questões menos polêmicas.
Os líderes chegaram a um acordo de votar uma modificação do
regimento para incentivar a fidelidade partidária.
Para a distribuição de cargos na
Mesa das casas e nas comissões,
vale hoje o número de parlamentares que a bancada tem no dia da
eleição da Mesa. A mudança faria
valer o número de parlamentares
de cada partido no dia da definição da eleição para o Congresso.
Os partidos teriam de decidir
ainda se o prazo mínimo de permanência dos políticos nos partidos seria de três ou quatro anos.
O fim da verticalização -determinação do Tribunal Superior
Eleitoral que obriga os partidos a
não contrariar, nos Estados, coligações realizadas em âmbito nacional- deverá ser o primeiro a
entrar na pauta. Mas o ponto não
tem o apoio de todos os partidos.
"A verticalização é um assunto
polêmico no PT", disse Genoino.
A posição do PSDB é semelhante.
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