São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2005

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TERRA SEM LEI

Soldados foram para outra operação; IML emite laudo sobre arma do crime

Exército retira 100 militares de Anapu

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

O Exército reduziu de 140 para 40 o número de militares em Anapu (PA), onde foi assassinada Dorothy Stang, ao mesmo tempo em que iniciou operação de combate à presença de grupos armados na área rural do município.
Soldados que estavam na cidade desde fevereiro regressaram a Altamira (PA) na última sexta. Eles faziam parte da tropa que patrulhava Anapu, na Operação Pacajá. Ontem, Exército e Polícia Militar do Pará começaram na cidade a ação de desarmamento nas glebas Belo Monte e Bacajá -onde fica o lote 55, reivindicado por Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do crime.
Também ontem, o Instituto Médico Legal de Belém atestou que o revólver calibre 38 achado no lote 55 foi usado para matar a freira. Através de fragmento e de três projéteis tirados do corpo, foi feito exame que comprovou que as balas saíram do revólver.
Segundo o Exército, a nova operação se deve a denúncias de que grupos armados impedem o trânsito de pessoas. A Força preferiu não informar até quando ficará nos locais, mas disse que a redução do contingente não prejudica as ações em curso. Seriam parte dos grupos grileiros, posseiros, madeireiros e integrantes de movimentos sociais.
O Ministério da Defesa disse ontem que ainda não foram repassados ao Exército os R$ 28 milhões para a operação. Ontem, a assessoria da Operação Pacajá afirmou que os militares precisaram ser deslocados para acompanhar a Polícia Federal na Operação Pacificação, que já apreendeu 13 armas e 4.000 m3 de madeira.


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