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RUMO A 2006
Tucano faz coro com Alckmin; estratégia é vincular impostos ao desemprego
Aécio critica carga tributária de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apontado como possível presidenciável do PSDB no ano que
vem, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aderiu ontem às
críticas ao governo com base no
aumento da carga tributária, expediente que vem sendo utilizado
com freqüência pelo seu principal
concorrente à vaga de candidato,
Geraldo Alckmin (SP).
"Nós estamos assistindo hoje
no Brasil à mais perversa concentração de receitas tributárias na
mão da União de toda a história
republicana", afirmou Aécio, durante visita à Câmara.
"Temos que encontrar meios,
caminhos, de refundar a federação, de reequilibrar a federação."
A crítica à elevação da carga tributária pelo governo Luiz Inácio
Lula da Silva tem sido o principal
mote dos tucanos na pré-campanha eleitoral. A idéia é associar a
elevação da carga, simbolizada
pela polêmica medida provisória
232, às taxas de desemprego.
Para reduzir a "concentração
pela União", Aécio defendeu a
aprovação da elevação em um
ponto percentual do repasse no
Fundo de Participação dos Municípios. Se preciso for, separada do
restante da reforma tributária.
"Vejo essa proposta, de aumento, como algo absolutamente correto e necessário. E, para isso, se
nós não pudermos fazer num só
momento, num todo, num projeto global, façamos por etapa."
A reforma tributária pode ser
votada ainda hoje. Pela manhã, o
ministro Antonio Palocci (Fazenda) reúne-se com os líderes partidários na Câmara para propor
um "esforço concentrado" para
aprovar o tema.
Aécio advogou a unificação do
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), que é
do interesse do governo e também integra a reforma. Mas disse
que, para ser aprovada, primeiro
Lula tem de honrar compromissos assumidos previamente com
Estados, como compensações pela isenção fiscal das exportações.
(FÁBIO ZANINI E SILVANA DE FREITAS)
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