São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2005

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RUMO A 2006

Tucano faz coro com Alckmin; estratégia é vincular impostos ao desemprego

Aécio critica carga tributária de Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apontado como possível presidenciável do PSDB no ano que vem, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aderiu ontem às críticas ao governo com base no aumento da carga tributária, expediente que vem sendo utilizado com freqüência pelo seu principal concorrente à vaga de candidato, Geraldo Alckmin (SP).
"Nós estamos assistindo hoje no Brasil à mais perversa concentração de receitas tributárias na mão da União de toda a história republicana", afirmou Aécio, durante visita à Câmara.
"Temos que encontrar meios, caminhos, de refundar a federação, de reequilibrar a federação."
A crítica à elevação da carga tributária pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva tem sido o principal mote dos tucanos na pré-campanha eleitoral. A idéia é associar a elevação da carga, simbolizada pela polêmica medida provisória 232, às taxas de desemprego.
Para reduzir a "concentração pela União", Aécio defendeu a aprovação da elevação em um ponto percentual do repasse no Fundo de Participação dos Municípios. Se preciso for, separada do restante da reforma tributária.
"Vejo essa proposta, de aumento, como algo absolutamente correto e necessário. E, para isso, se nós não pudermos fazer num só momento, num todo, num projeto global, façamos por etapa."
A reforma tributária pode ser votada ainda hoje. Pela manhã, o ministro Antonio Palocci (Fazenda) reúne-se com os líderes partidários na Câmara para propor um "esforço concentrado" para aprovar o tema.
Aécio advogou a unificação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é do interesse do governo e também integra a reforma. Mas disse que, para ser aprovada, primeiro Lula tem de honrar compromissos assumidos previamente com Estados, como compensações pela isenção fiscal das exportações.
(FÁBIO ZANINI E SILVANA DE FREITAS)

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