São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Manifestantes criticaram Bush, açúcar e até a falta de delegacias para mulher

DA REPORTAGEM LOCAL

Convocada para ser um ato em comemoração ao dia da mulher, a passeata que interditou ontem parte da avenida Paulista e acabou em conflito com a PM reuniu partidos de esquerda e entidades não-governamentais.
Eles protestaram contra temas tão diversos quanto a visita do presidente Bush ao Brasil, a cana-de-açúcar, a falta de delegacias 24 horas para mulheres e a guerra entre Israel e Líbano, ocorrida em 2006.
Houve até quem apoiasse o terrorismo. "Viva as bombas e os ataques, na gloriosa resistência do Iraque", gritavam uma dúzia de integrantes da "Liga Operária".
O comissário de bordo aposentado da Varig Amaury Antunes Guedes, 72, vestido de esqueleto, protestou contra problemas no fundo de pensão da categoria. E o que isso tem a ver com Bush? "Eu só estou pegando carona na manifestação", disse Guedes. "Eu gosto dele mais ou menos."
O presidente do PT na capital paulista, Paulo Fiorilo, e o secretário de relações internacionais do partido, Valter Pomar, também estavam na avenida. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que deixou o PT por discordar de seus rumos, disse que Bush "é o único fator que unifica a esquerda hoje".
A torcida organizada do Corinthians "Gaviões da Fiel" também protestou contra Bush. O PC do B, partido da base aliada de Lula, usou cem estandartes contra Bush e um caminhão de som.
A marcha chegou ao prédio do Masp ao som do hit da esquerda dos anos 70 "Pra não dizer que não falei das flores", onde, pouco depois, foi incendiada uma bandeira dos Estados Unidos.


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