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Manifestantes criticaram Bush, açúcar e até a falta de delegacias para mulher
DA REPORTAGEM LOCAL
Convocada para ser um ato
em comemoração ao dia da
mulher, a passeata que interditou ontem parte da avenida
Paulista e acabou em conflito
com a PM reuniu partidos de
esquerda e entidades não-governamentais.
Eles protestaram contra temas tão diversos quanto a visita
do presidente Bush ao Brasil, a
cana-de-açúcar, a falta de delegacias 24 horas para mulheres e
a guerra entre Israel e Líbano,
ocorrida em 2006.
Houve até quem apoiasse o
terrorismo. "Viva as bombas e
os ataques, na gloriosa resistência do Iraque", gritavam
uma dúzia de integrantes da
"Liga Operária".
O comissário de bordo aposentado da Varig Amaury Antunes Guedes, 72, vestido de esqueleto, protestou contra problemas no fundo de pensão da
categoria. E o que isso tem a ver
com Bush? "Eu só estou pegando carona na manifestação",
disse Guedes. "Eu gosto dele
mais ou menos."
O presidente do PT na capital
paulista, Paulo Fiorilo, e o secretário de relações internacionais do partido, Valter Pomar,
também estavam na avenida. O
deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que deixou o PT por discordar de seus rumos, disse que
Bush "é o único fator que unifica a esquerda hoje".
A torcida organizada do Corinthians "Gaviões da Fiel"
também protestou contra
Bush. O PC do B, partido da base aliada de Lula, usou cem estandartes contra Bush e um caminhão de som.
A marcha chegou ao prédio
do Masp ao som do hit da esquerda dos anos 70 "Pra não dizer que não falei das flores", onde, pouco depois, foi incendiada uma bandeira dos Estados
Unidos.
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