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Empresário sofre outra investigação
do enviado especial a Miami
O empresário brasileiro Oscar
de Barros, preso em Miami sob a
acusação de lavar dinheiro para
uma quadrilha de traficantes, é
objeto de uma outra investigação,
conduzida por um "grand jury"
numa corte criminal federal na cidade de Nova York.
Num "grand jury", jurados são
encarregados de analisar e determinar se, com base nas informações que reuniu, o Estado deve ou
não iniciar um processo criminal
contra uma pessoa.
Provas
No caso de Barros, o que está
em jogo é decidir se as provas obtidas pelo FBI (a polícia federal
norte-americana) e pelo escritório da promotoria são suficientes
para iniciar um processo por violação do "Foreign Corrupt Practice Act" -uma lei norte-americana criada no início da década de
70, que pune diretores de companhias dos EUA por subornarem
ou tentarem subornar governos
estrangeiros.
Sigilo
O "grand jury" ainda não terminou seus trabalhos e, portanto,
Barros não é réu em Nova York.
Ele só é réu no processo que responde na Flórida por lavagem de
dinheiro destinado ao tráfico de
drogas.
Enquanto um "grand jury" não
conclui seus trabalhos, a existência de uma investigação federal
não pode ser divulgada, não consta dos cadastros públicos da corte
e as autoridades (até os estenógrafos) que se pronunciarem a respeito estão sujeitos a um severo
processo criminal.
Cooperação
Segundo apurou a Folha, o
"grand jury" que investiga Barros
teve início numa operação do FBI
no começo de 1999.
A agência havia recebido, informalmente, num caráter de "cooperação", documentos fiscais, policiais e criminais do governo brasileiro sobre Barros e alguns de
seus amigos. Depois de uma curta
investigação nos EUA, o FBI decidiu levar o caso adiante e o apresentou à promotoria.
Um "grand jury" tem os poderes de uma corte normal.
Pode requisitar documentos,
ouvir testemunhas e fazer devassas.
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