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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Para tucano, Estado brasileiro já foi mais presente na economia
Serra elogia Sarney Filho e defende Estado "mais ativo"
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra,
fez ontem elogios ao ex-ministro
do Meio Ambiente José Sarney Filho, irmão da pré-candidata presidencial do PFL, Roseana Sarney.
Ao falar sobre metas no setor
ecológico, Serra se disse ""um ambientalista" e afirmou que ""as coisas a serem feitas já estão aí, não
há muito mistério. No governo
Fernando Henrique Cardoso, a
gestão Sarney Filho foi bem nessa
área. O Zequinha foi um bom ministro, mas ainda temos de avançar muito".
Serra e o PSDB entraram em
atrito com Roseana e o PFL em razão da operação de busca e
apreensão realizadas pela Polícia
Federal no escritório da empresa
Lunus, da pefelista e de seu marido, Jorge Murad, onde foi encontrado R$ 1,34 milhão, que seria
doação de empresários para a
campanha da ex-governadora.
Boicote
Anteontem, com a intimação da
PF para Roseana prestar depoimento, a crise entre PFL e o PSDB
aumentou ainda mais. Os pefelistas ameaçam barrar no Congresso votações de pautas de interesse
do governo nesta semana.
O pré-candidato tucano disse
que pretende ter um governo
"mais ativo" em relação ao atual.
"Sou partidário do Estado ativo.
No passado, o Estado brasileiro
era mais presente na economia
que qualquer outro Estado não
socialista, na produção e na intervenção. A alternativa não é o Estado inerte, passivo", disse o presidenciável tucano.
De acordo com Serra, isso já vai
ser feito no atual governo com as
exportações, com ""uma grande
ofensiva do financiamento".
""O Estado tem de saber antecipar os acontecimentos. Tem de
enxergar no longo prazo. Você
não pode querer que a área empresarial tenha visão conjunta de
médio e longo prazos do país. Você não vai querer que o sistema financeiro desempenhe esse papel.
O governo Fernando Henrique
cumpriu certas missões. Cada governo tem suas etapas, suas missões a cumprir. O Fernando Henrique não fez tudo nem deixou de
errar", disse.
Serra acha que o país pode atingir um crescimento entre 4,5% e
5% anuais, o que, segundo ele,
permitiria um aumento de 3% no
gasto público real.
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