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Planalto teme pressão por reajustes salariais
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Passados os festejos pelo fato
de o crescimento em 2006 ter
sido maior do que o anunciado
inicialmente, o governo, agora,
teme pressões já identificadas
por mais reajustes salariais do
funcionalismo público.
A equipe econômica sabe que
será difícil aprovar no Congresso a medida que tenta travar o
crescimento dos gastos com
pagamento de pessoal e avisa
que a falta de controle dessas
despesas é uma ameaça à consolidação do novo patamar de
crescimento em 5% estabelecido no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi alertado pelos
ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) do problema, e a
preocupação foi repassada aos
demais ministros em reunião
na última semana.
Lula recomendou empenho
do governo no tema. O projeto
de lei complementar que prevê
a correção dos gastos com a folha de pagamento dos servidores públicos com base na inflação mais um aumento real de
1,5% é um dos pilares do PAC.
Com ele, tenta-se evitar que
eventuais "folgas" nas contas
públicas sejam anuladas por essas despesas correntes.
A idéia é que a melhora no cenário fiscal abra espaço para
mais desonerações que estimulem ainda mais os investimentos e, por tabela, o crescimento.
A medida serve ainda para travar as despesas de pessoal do
legislativo e do judiciário -esferas nas quais a União não pode interferir diretamente nos
reajustes concedidos.
Os dados apresentados na
reunião mostraram o impacto
dos reajustes e reestruturação
de carreiras aprovados desde
2003. O crescimento das despesas com o funcionalismo é
superior a 10% desde 2004,
sem descontar a inflação.
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