São Paulo, segunda-feira, 09 de abril de 2007

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Planalto teme pressão por reajustes salariais

SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Passados os festejos pelo fato de o crescimento em 2006 ter sido maior do que o anunciado inicialmente, o governo, agora, teme pressões já identificadas por mais reajustes salariais do funcionalismo público.
A equipe econômica sabe que será difícil aprovar no Congresso a medida que tenta travar o crescimento dos gastos com pagamento de pessoal e avisa que a falta de controle dessas despesas é uma ameaça à consolidação do novo patamar de crescimento em 5% estabelecido no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi alertado pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) do problema, e a preocupação foi repassada aos demais ministros em reunião na última semana.
Lula recomendou empenho do governo no tema. O projeto de lei complementar que prevê a correção dos gastos com a folha de pagamento dos servidores públicos com base na inflação mais um aumento real de 1,5% é um dos pilares do PAC.
Com ele, tenta-se evitar que eventuais "folgas" nas contas públicas sejam anuladas por essas despesas correntes.
A idéia é que a melhora no cenário fiscal abra espaço para mais desonerações que estimulem ainda mais os investimentos e, por tabela, o crescimento. A medida serve ainda para travar as despesas de pessoal do legislativo e do judiciário -esferas nas quais a União não pode interferir diretamente nos reajustes concedidos.
Os dados apresentados na reunião mostraram o impacto dos reajustes e reestruturação de carreiras aprovados desde 2003. O crescimento das despesas com o funcionalismo é superior a 10% desde 2004, sem descontar a inflação.


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