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A visita do papa
Fiéis têm de ficar a quatro metros do papa
Segurança do pontífice determina que só as pessoas cadastradas poderão se aproximar de Bento 16
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro metros. Essa será a
menor distância que a segurança do papa Bento 16 permitirá
que a população se aproxime do
chefe da Igreja Católica nos
cinco dias de visita que ele fará
a partir de hoje no Estado de
São Paulo. Isso vale tanto para
os momentos em que Joseph
Ratzinger estiver caminhando
a pé quanto para as vezes que se
deslocar com o papamóvel.
Somente pessoas credenciadas poderão chegar mais perto
e até mesmo apertar sua mão. O
número está com a Polícia Federal que, entretanto, se negou
a divulgá-lo alegando questão
relacionadas a segurança.
"Nossa segurança é prevista
com risco zero. Levantamos variáveis e nossa segurança se baseia em dois pilares: risco zero e
visibilidade para o papa e a população", afirmou ontem o coronel do Exército César Augusto Moura, chefe da seção de comunicação social do Comando
Militar do Sudeste, na capital.
Por determinação do Ministério da Defesa, a coordenação
da segurança do papa será feita
pelo Exército, que desencadeia
a partir das 5h de hoje no mosteiro de São Bento, no centro da
cidade de São Paulo, a primeira
fase da Operação Arcanjo.
A segunda fase será executada assim que Bento 16 for a
Aparecida (distante a 167 km
noroeste da capital do Estado),
nos dias 12 e 13.
O sistema de segurança que
pretende impedir que os fãs encostem no papa é baseado na
técnica de círculos concêntricos. Quatro policiais da Guarda
Suíça, que faz a segurança pessoal do pontífice, estarão mais
próximos de Ratzinger, formando uma espécie de losango.
A três metros de Bento 16 estarão agentes da Polícia Federal; a 400 metros, as tropas do
exército e a partir de 600 metros, policiais militares, civis e
guardas civis metropolitanos.
Ao todo, um efetivo de 10 mil
homens, envolvendo as Forças
Armadas, PF, PM, Polícia Civil
e GCM cuidarão da segurança
do papa em São Paulo. Para
Aparecida irão 3.000.
Quando estiver no papamóvel, a comitiva deverá empreender uma velocidade média de 30 km/h. Um carro piloto da PF seguirá à frente para
fazer a varredura a procura de
materiais alheios que possam
pôr em risco a vida do papa.
O esquema de segurança seguirá os moldes vistos na vinda
do presidente dos EUA George
W. Bush a São Paulo, em março.
A diferença é que a rejeição a
Bento 16 é muito menor.
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