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Inauguração na zona sul reúne prefeito, Serra e Quércia e ganha ares de comício
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Queima de fogos, balões, distribuição de panfletos e camisetas personalizadas. Animada
pelo padre Marcelo Rossi e por
um puxador de samba da Gaviões da Fiel, a inauguração de
complexo viário na zona sul de
São Paulo ganhou, ontem, ares
de comício. O prefeito Gilberto
Kassab (DEM) recorreu a um
eufemismo. "Festa. Comício,
não", disse o prefeito, para
quem "não há conotação política" na presença do governador
José Serra (PSDB) e do peemedebista Orestes Quércia.
Cercados por jogadores de
futebol -como Biro-biro-,
Serra e Kassab trocaram elogios. "Governador, este é mais
um momento feliz de nossa
gestão", discursou Kassab.
Após a bênção do bispo de
Santo Amaro, d. Fernando Figueiredo, Serra também se valeu da primeira pessoa para se
referir à prefeitura. "Foram
gastos R$ 40 milhões na gestão
anterior e R$ 100 milhões na
nossa gestão, quando eu era
prefeito e com o Kassab prefeito. Sem diminuir os prefeitos
anteriores, fizemos a parte
substancial", disse Serra.
Marcelo Rossi foi convidado
pelo cerimonial da prefeitura e
pelo vereador Antonio Goulart
(PMDB), um dos organizadores. A ponte foi batizada de Vitorino Goulart, pai do vereador.
"Diz que é ponte Goulart", recomendou. Segundo ele, foram
os amigos que distribuíram os
cerca de 500 panfletos com fotos dele e de Kassab. E a inscrição: "Veja como a união de políticos sérios e a comunidade pode transformar uma região,
uma cidade e um país".
Falando em tese, o procurador eleitoral Mário Bonsaglia
diz que o papel pode ser visto
como propaganda fora de época e abuso de poder econômico.
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