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300 presos não depredaram, diz movimento
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em entrevista ontem à tarde
em Brasília, membros da coordenação nacional do MLST
afirmaram que, dos mais de
500 integrantes do movimento
detidos na última na terça, cerca de 300 não tiveram participação na depredação de parte
do Congresso. O movimento,
segundo eles, está sendo indicado como uma versão nacional do Taleban.
Segundo o MLST, essas 300
pessoas foram vítimas de detenções "políticas" e "indiscriminadas". "O crime que ocorreu foi prender crianças e gente
que nem sequer estava lá [no
Congresso] no momento da
confusão. Teve gente que foi
humilhada no ginásio [quando
a polícia interrogou os suspeitos]. Crianças foram surrupiadas dos pais e das mães, outros
[no ginásio] foram provocados
pela polícia com cotoveladas e
tapas na cabeça", disse Jutair
Moraes, da coordenação nacional do movimento na Bahia.
"O MLST tomará todas as
providências cabíveis, por conta deste tratamento bárbaro e
humilhante contra idosos, homens, mulheres e crianças
cruelmente criminalizados",
afirma em nota o movimento.
Ontem, em tumultuada entrevista na qual jornalistas e
sem-terra bateram boca, o
MLST admitiu sua "responsabilidade política" pelo quebra-quebra no Congresso. "Mas não
[assumimos] pelo crime e pelos
danos. O vídeo [aprendido pela
Polícia Legislativa da Câmara]
mostra a nossa organização para entrar de surpresa no Congresso para entregar a nossa
pauta de reivindicações."
Segundo o MLST, a depredação foi uma conseqüência de
um conflito entre sem-terra e
seguranças da Câmara. "Viramos uma versão do Tabelan e
da Al Qaeda. Se quiséssemos
briga, iríamos todos com foices,
porrete e facão", disse Moraes.
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