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Líder da invasão presidiu diretório do PT em Cascavel
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Um dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra
que aparece no vídeo apreendido pela Câmara orientando a
invasão foi presidente do Diretório Municipal do PT de Cascavel (PR). Ele é Joaquim Ribeiro, que foi reconhecido por
militantes do PT na cidade, e
mora em Brasília desde 2005.
Ribeiro foi eleito em 2001
presidente do Diretório Municipal de Cascavel pela corrente
Sempre na Luta. O vereador
Aderbal Holleben de Melo,
coordenador da Sempre na Luta, disse que Ribeiro ingressou
no PT de Cascavel em 1998,
mas "deixou o agrupamento
em 2004. Nesse período, ele se
mudou para Brasília, mas mesmo assim organizou uma chapa
para a convenção municipal".
Em 2005, ele disputou o cargo
pela chapa Socialismo e Luta.
Ontem, a reportagem da Folha telefonou para um celular
atribuído a Ribeiro que consta
da agenda do líder do MLST,
Bruno Maranhão. A pessoa que
atendeu se identificou como
Joaquim Ribeiro. Questionado
sobre a invasão, ele disse que
não sabia dos "incidentes".
Assessor do PT
Outro líder que planejou a invasão, José Antonio Arruti Baqueiro, está lotado como assessor de um deputado estadual do
PT da Bahia, Yulo Oiticica. Detido em Brasília, Baqueiro aparece na fita incitando a invasão.
Outro assessor do parlamentar,
Jutaí Moraes, é considerado o
principal líder do MLST na Bahia. Ambos recebem salário de
R$ 2.800 cada um.
Ao ser indagado se considerava justo que seus assessores,
cujos salários são pagos pelos
contribuintes, participassem
dos atos de vandalismo, Yulo
Oiticica respondeu: "Não acho
justo, mas a tentativa da elite de
criminalizar os movimentos
sociais também não é justa".
Colaborou LUIZ FRANCISCO , da Agência Folha,
em Salvador
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